PASSOS DE ANCHIETA – Vitória/ES a Anchieta/ES = 100km.
A trilha Passos de Anchieta no Espírito Santo reconstitui o caminho quinzenal que o beato percorria entre as localidades de Vila de Rerigtiba (atual Anchieta) até a Vila de Nossa Senhora da Vitória (Vitória), onde cuidava do Colégio de São Tiago.
O trajeto resgata um trecho de 100km. – caminho das 14 léguas – procurou-se traçar o trajeto original intercalando áreas dentro e fora das praias entre as cidades de Vitória até Anchieta. A tradicional rota já ultrapassa 23 anos de existência, a primeira do Brasil e uma das primeiras das Américas. A caminhada de 4 dias leva o peregrino experiente andar cerca de 4 a 5 horas e para os menos experientes a jornada é de aproximadamente 6 a 7 horas diárias.
O roteiro tradicional é feito no feriado de Corpus Christi, mas pode ser programado em qualquer época do ano, para isso deve-se entrar em contato com a ABAPA, associação que administra o caminho. Para a caminhada tradicional deve ser feita prévia inscrição junto a ONG ABAPA (Associação Brasileira dos Amigos dos Passos de Anchieta), devido à grande demanda nesse período é necessário fazer reserva de hospedagem. Os inscritos podem ultrapassar a 3.000 participantes e a ABAPA precisa acionar o setor público para dar suporte a toda logística que o evento pede. Alem disso a ABAPA providencia locais chamados de “oasis” com distribuição de água e frutas. Como deixei para fazer reserva nos últimos dias não consegui acomodação nos locais de parada, então precisei fazer uso da van todos os dias para ir até o local de saída da caminhada e voltar para dormir em Guarapari, isto fica bastante cansativo.
Fiz Passos de Anchieta 2 vezes, a primeira sozinha e a segunda vez em companhia de amigas.
APABA (sede)
Rua Padre Antônio Ribeiro Pinto,195 – sala 1004 – Edifício Guizzardi Center – Bairro Praia do Suá – fone(27) 3227.2661. Atendimento das 13h:30 as 17h:30. Ônibus 101 ou 103
Referências: rua do BANESTES e supermercado Extrabom, próximo a SEDU (Secretaria de Educação do Espírito Santo) em frente ao Restaurante Oba Oba.
Como chegar a Vitória
Avião – voos saindo de São Paulo Guarulhos ou Congonhas: Azul, Latam, Gol e Avianca levam 1h.30 até o Aeroporto Eurico Salles em Vitória que opera somente vôos domésticos, apesar das reformas não oferece muito conforto. Para ir ao centro não há ônibus executivo, apenas ônibus público ou táxi que tem um balcão do lado de fora da sala de embarque, ao contratar o táxi já se paga a corrida.
Saindo do aeroporto de ônibus – na porta de saída do aeroporto, atravessar o estacionamento, o ponto de ônibus está do lado direito, o ônibus vai para o centro da cidade pela Avenida Jerônimo Monteiro, muito fácil e barato. Se for se hospedar no centro peça ao motorista para parar em um ponto não muito distante de seu hotel.
Ônibus – saindo de São Paulo das rodoviárias do Tietê ou Barra Funda: empresas Águia Branca, Itapemirim, São Geraldo ou Kaissara levam 14h. para chegar a Vitória.
Carro – partindo de São Paulo são 943,2km. leva aproximadamente 12.h50’ trafegando pelas BR-116 e BR-102. Para quem sai do Rio de Janeiro são 533km. pela BR-101 e com a opção de entrar em Guarapari e seguir pela Rodovia do Sol com pista dupla e pedágio e a visão do mar por vários trechos, a travessia de Vila Velha a Vitória pode ser feita pela Terceira Ponte. Para quem sai de Belo Horizonte vai percorrer 544km. pela BR-262 até Vitória.
Onde ficar em Vitória
Se quiser montar um pacote de hospedagem com a ABAPA entre em contato com eles pelo telefone 3244.2323, e-mail: ospassosdeanchieta@gmail.com, eles fazem a reserva em Vitória e nos demais locais de hospedagem. Caso queira chegar antes em Vitória e ficar por conta própria também é interessante, mas nos demais dias feche com eles para ter a certeza de ter onde ficar depois de um dia exaustivo de caminhada.
Fechei o pacote com a ABAPA para os dias de caminhada, cheguei um dia antes para descansar e fiquei no Hotel Cannes.
Cannes Palace Hotel***
Localização – Av. Jerônimo Monteiro, 111 – Centro – 100m. do Palácio do Governo.
Tarifa – R$99,00 para quarto duplo com café da manhã.
O hotel é antigo na aparência e mobiliário, limpo e barato. A localização é privilegiada para o peregrino, fica a poucos passos do ponto de partida da caminhada, na cidade alta. Banheiro, TV, frigobar, aceita cartões de crédito e pessoal simpático.
Depois que me instalei no hotel resolvi dar uma chegada na ABAPA, é só sair do hotel, atravessar a Av. Jerônimo Monteiro, seguir uma quadra e já se pode encontrar ponto de ônibus, utilize o que leva até a Praia de Suá, peça para o motorista avisar quando chegar. Neste período a ABAPA vai estar muito movimentada, mas é possível já pegar a credencial e até comprar camiseta, boné, capa e mochila. Depois é só voltar ate a Avenida e pegar um ônibus sentido centro.
A Avenida Jerônimo Monteiro, por ser uma zona comercial por excelência, é bastante movimentada durante o dia, mas a noite ocorre o inverso, é necessário tomar cautela e não sair muito tarde, há certa dificuldade para encontrar restaurantes nesta região, eles funcionam somente para o almoço, o jeito é tentar encontrar uma lanchonete e comer um lanche. Outra alternativa, antes de escurecer compre alguma coisa nos mercados para comer no hotel. Existem algumas pastelarias, mas os locais não são de aspecto atraente. Ao lado do hotel, à direita está o Palácio de Anchieta, ponto de referência turística da cidade.
Transporte de mochila – esta é uma idéia que não pode ser descartada, a ABAPA providencia o transporte da sua mochila entre uma hospedagem e outra, assim você caminha apenas com uma mochila de ataque, é muito mais confortável e a cada hospedagem suas coisas já estarão esperando por você. Entre em contato com a ABAPA, a tarifa diária é de R$10,00 por volume.
Como é a caminhada
A caminhada oficial coletiva de 100km, é feita em 4 dias.
1º. Dia – Vitória x Barra do Jucú (Vila Velha) = 25km.
2º. Dia – Barra do Jucu x Setiba (Guarapari) = 28km.
3º. Dia – Setiba x Meaípe (Guarapari) – 24km.
4º. Dia – Meaipe x Anchieta = 23km.
A ABAPA fornece uma credencial que deve ser carimbada nos postos e no final do percurso o andarilho recebe um certificado de participação desde que tenha pelo menos 16 carimbos (metade), o trajeto traz fortes referências históricas, religiosas, ecológicas e culturais.
A estrutura de apoio fornecida pela ABAPA é muito boa, conta com pontos de apoio chamados de “oasis” com água, frutas, pessoal para atendimento de bolhas, câimbras e alguma torção, além de ambulância para casos mais graves que possam ocorrer.
Restaurante Oba Oba
Localização – Rua Ferreira Coelho, 419 – Praia do Suá, em frente a APABA
Sistema self-service, simples, barato, para quem precisa comer ao sair da ABAPA
Supermercado São José
Localização – Av. Presidente Florentino A., 452
Bom local para comprar lanche, as imediações do hotel Cannes não são muito seguras para sair à noite para jantar.
1º. Dia – Vitória x Barra do Jucú (Vila Velha) = 25km.
A travessia da Terceira Ponte para Vila Velha é feita em ônibus fretado até o Convento da Penha. A caminhada percorre as praias da Praia da Costa, Itapoã e Itaparica até chegar a Barra do Jucu, onde vale experimentar a moqueca capixaba e se animar com os tocadores de tambores e casacas ao ritmo de uma congada.
Meu relato – 25km. / saída 7,50h. / chegada 13:40h. / 5:50h. de caminhada.
O sistema de transporte das mochilas funciona, mas você não pode chegar atrasado, ela é numerada e o proprietário recebe uma cópia do número para poder retirá-la no local de parada, isto funciona para todos os dias, a trajeto fica mais suave com uma pequena mochila de ataque com o essencial para um dia de caminhada.
Os peregrinos começam a chegar a partir das 6h., muita animação, com música, banda de congo, uma sessão de alongamento, o padre dá a benção e os peregrinos partem. São 7,30h. da manhã, todos seguem pela orla após 1 hora de caminhada chega a Terceira Ponte, neste local não é permitido atravessar caminhando, há vários ônibus aguardando para efetuar o transfer, até o outro lado. Uma banda da policia militar saúda os peregrinos junto ao portal do Parque, ultrapassado o portal há uma subida, a mais forte da caminhada, toda revestida com pedras termina na base do Convento da Penha, neste local as credenciais recebem um carimbo, em seguida uma descida pronunciada sombreada por árvores.
São atravessados vários bairros de Vila Velha até chegar ao calçadão das praias da cidade, em vários locais há pontos de apoio (oasis) com frutas e água. O último trecho é feito em terra batida. Chega-se a Barra do Jucú com um oásis organizado pela ABAPA, foi feita uma apresentação do grupo Baile de Congos do Ticumbi, pessoas idosas e jovens que guardam a tradição e encantaram a todos. Um grupo de tambores também se apresentou, a confraternização foi geral.
As mochilas chegaram conforme o combinado e a partir das 15h. o serviço de transfer já estava funcionando para levar os peregrinos aos hotéis, isto porque nas localidades aonde termina a caminhada do dia não há acomodações para todos.Confirme sempre qual o horário vai ser servido o café da manhã, neste dia a informação foi que seria depois das 8h. Imediatamente procurei um super mercado e comprei pão, queijo, iogurte e suco para a manhã seguinte.
O ponto de apoio para pernoite é a cidade de Guarapari, local de bom comércio e praias.
Conforme contratado com a ABAPA fiquei na:
Pousada Elxadai
Localização – Rua Raimundo Angelo Filho – Nova Guarapari – Enseada Azul, fone:(27)3272.0230. O transfer é feito por uma van contratada. Não é muito perto de restaurantes nem da praia, mas a pousada serve refeição.
Restaurante Benfica
Localização – Rua Henrique Coutinho, 16, na ladeira Adolfo Simões, no centro.
A muquequinha de camarão para uma pessoa, feita em panela de barro, se não gostar de coentro, escolha outro prato.
2º. Dia – Barra do Jucu x Setiba (Guarapari) = 28km.
Saindo da Barra do Jucu tem a praia da Ponta da Fruta com uma lagoa de água doce, depois vem uma bela área protegida pelo Parque Estadual Paulo César Vinhas com uma sequência de praias quase desertas para uma caminhada introspectiva, bonita e talvez a mais cansativa por ser toda ela feita em areia fofa. Setiba é reduto de surfistas.
Meu relato – saída 7,30h. / chegada 14:00h. / 6:30h. de caminhada.
No dia seguinte o café da manhã atrasou e apesar de ter me prevenido pouco valeu, precisei esperar os demais para irmos juntos na van até o local da caminhada, chegamos atrasados. Na localidade de Interlagos um oasis. Antes de entrar no trecho cansativo paramos em um quiosque na beira da praia para uma água e descanso. A partir deste local o acesso é pela praia, areia grossa, fofa, os pés afundam na areia e a caminhada não rende, fica pesada, não existe alternativa, tanto perto do mar, como mais acima a areia se apresenta sempre da mesma forma. Alguns tentam driblar a situação retirando os sapatos, mas a areia grossa machuca a sola dos pés, outros decidem caminhar só de meias que vai se enchendo de areia e fica pesada, nas pessoas que estão descalças já se percebe vários pés com bolhas, durante todo o trajeto vários pontos de apoio (oasis) foram montados com água e sempre carros de apoio transitavam, algumas pessoas passaram mal devido ao calor.
Após percorrer metade do caminho aproximadamente, aparecem raros pontos de grama, é um paliativo, nesses pequenos pontos os pés não afundam. Este é um trecho em que se caminha junto ao mar todo o tempo, algumas pedras e um famosa lagoa chamada de Lagoa Coca Cola por causa da cor escura de suas águas, várias pessoas entram na lagoa para refrescar-se. Neste dia desisti de assistir aos eventos, estava muito cansada e a chegada a Setiba foi um alívio, talvez prevendo o cansaço dos peregrinos a comissão não se estendeu nas festividades, pois todos queriam ir logo para o hotel. Consegui uma massagem com voluntários que prestam esse serviço e depois deitei na grama na beira da praia para descansar. Muitos peregrinos desistiram nesse dia.
Cheguei ao hotel em Guarapari mais ou menos umas 16h., verifiquei que estava com bolha em um dos dedos do pé, a sola também estava dolorida, depois de um banho “costurei” a bolha, fiz curativo, coloquei um emplastro no outro pé.
Pernoite na Pousada Elxadai.
Doçaria Sonho de Mel
Localização – Rua Joaquim da Silva Lima, 122.
Tomei caldo verde com batata, couve, bacon, torrada, azeite e finalizei com um café.
3º. Dia – Setiba x Meaípe (Guarapari) – 24km.
Neste terceiro dia mais uma recompensa, a região de Aldeia alberga as Três Praias com enseadas, ondas mansas e enormes pedras. Meaipe tem as mais belas praias do litoral capixaba.
Meu relato – 24km. / saída 7,00h. / chegada 13:30h. /. 5:30h de caminhada
Este é o dia mais bonito apesar das diversas entradas e saídas entre asfalto e praia. A saída de Setiba é atravessando todo o povoado terminando na praia do Boião, uns 500m. depois há uma forte subida que atravessa um arvoredo e seguida de descida por trecho empedrado até chegar às Três Praias, locais lindíssimos, quase intocados, muitas conchas. Dia bem chuvoso. Trechos com pedras, água limpa, locais com alguns condomínios de luxo e praias particulares e neste trecho os moradores tem muito cuidado com a praia. O acesso é negociado pela ABAPA com os moradores, com horários agendados. Este trecho é difícil porque as pedras são altas, é necessário subir e descer o tempo todo, a marcação da ABAPA com setas e pés, ajuda muito na escolha do melhor lugar para passar entre as pedras, apesar de neste dia o trecho ser menor, me senti mais cansada, talvez pelo fato de que já haviam terminado meus saches de mel e isotônico que estava dissolvendo na água
. Terminado o encantamento do local, a trilha segue por área urbana, começando pela praia do Morro em Guarapari, depois atravessa a ponte, passa por estreitas ruas e sobe até a 1ª. Igreja Matriz de Guarapari que fica em uma praça com um cruzeiro central.
Neste local os peregrinos são esperados com oasis. Após cruzar algumas ruas, o retorno até a praia é feito por uma escada de madeira que passa ao lado de um dos poços aonde segundo a lenda o Padre Anchieta fez verter água. Novamente trechos de praia entremeados com pedras, no final, por um atalho se chega ao asfalto, trecho cansativo percorrido com sol a pino entre 11 e 12hs. e atenção dobrada para o trânsito, no final do trecho asfaltado havia providencial apoio do pessoal da ABAPA com água e frutas.
Novamente o trajeto envereda pela praia, depois saída para o asfalto, uma subida e novamente praia com reserva ecológica. Meaípe está perto, muitos restaurantes e quiosques. Desta feita a ABAPA não espera com oasis, é compreensível, pois com a quantidade de turistas circulando pelo local seria impossível fazer um controle de distribuição. Nesta praia estão os famosos bolinhos de aipim e realmente é preciso provar essa iguaria que pode ter variados recheios, mas o de camarão com queijo é imbatível, mas é preciso ter paciência, a fila é grande. A chegada em Meaípe é feita com a costumeira festa dos Tambores da Barra do Congo se apresentam, capoeira e grupos regionais. Retornei de van para Guarapari às 16hs.
Depois do banho e tradicional trato nos pés, fui tomar uma canja no Sonho de Mel.
Pernoite na Pousada Elxadai.
4º. Dia – Meaipe x Anchieta = 23km.
O último dia mescla o que foi os anteriores com praia, estrada de terra e rodovia. Na beira da estrada estão alguns poços com água potável que dizem ter sido aberto pelo Padre Anchieta para amenizar a sede dos índios que sempre o acompanhavam. Na localidade de Ubu aconteceu um fato interessante, após sua morte o esquife do Padre Anchieta foi carregado por cerca de três mil índios, chegando nesta localidade o esquife tombou e os índios começaram a dizer “aba ubu”, que significa “o padre caiu”. Neste local há uma cruz e ao passar por ela os andarilhos costumam virar de costas e jogar uma concha fazendo um pedido ao padre.
Pessoas locais aplaudem os andarilhos por todo o trajeto e o último oásis fica na Praia de Castelhanos, alguns andarilhos adiantados preferem dar uma parada mais longa aqui para esperar um grupo maior e juntos percorrem o último trecho até a escadaria do santuário que foi construído em 1597 pelo padre com ajuda dos índios tupis. É um momento de grande alegria e confraternização.
Meu relato – 23km. / saída 6:45h. / chegada 11:15h. /. 4:30h. de caminhada
Saímos com chuva, neste dia o trecho de asfalto é grande, fica cansativo por não ter muito atrativo visual. O primeiro oasis foi na comunidade Mãe-Bá, aproximadamente 15km. de Anchieta, os moradores são entusiastas e participativos.
Seguindo ainda pelo asfalto passamos pela Mineradora Samarco, deste local até Ubu são 2 km. Novamente grande carinho por parte da comunidade que presenteia os peregrinos com mimos, comida e água. Seguindo até Parati por terra há uma colônia de pescadores e a partir desta praia começa uma reserva ecológica de desova de tartaruga marinha chamada Projeto Vivamar. A trilha agora segue paralela a praia, pois como é área de preservação evita-se trafegar pela areia. O Projeto Tamar também faz monitoramento e na praia Guanabara existe inclusive uma sede, onde fomos recepcionados com café, folder e orientação sobre o cuidado com as tartarugas.
Entrando na comunidade de Castelhanos a tradicional recepção com oasis. A próxima praia é a Boca da Baleia sempre caminhando paralelo a praia e fora dela encontramos o poço do Beato Anchieta, do século XVI, segundo a lenda foi um local que verteu água apenas com um toque de cajado.
A primeira visão da cidade de Anchieta é do alto, começa a descida por piso de pedra, visão maravilhosa com árvores frondosas e a enseada da cidade ao fundo. A chegada é saudada por fogos de artifícios, música, palmas, chuva de papel picado e pequenos mimos de conchas confeccionados pelas crianças das escolas. O antigo seminário de José de Anchieta ficava no alto de uma colina, foi derrubado e construído em seu lugar uma igreja, mas ainda restam vestígios arqueológicos no local. Para subir a rampa e depois a escadaria é necessário reunir todas as forças. Após visitar a igreja é interessante dar uma passada no museu ao lado, que possui algumas relíquias encontradas em escavações.
Em frente à igreja há um pátio com uma grande árvore central e também um busto de Anchieta. Neste pátio a ABAPA deixou para os peregrinos o último oásis da caminhada, aí também se obtém o último carimbo e certificado de conclusão da Caminhada. As 11h. tem início a missa do peregrino, mas no pátio a dança do congo continua, é um misto de festa católica e pagã. Depois do ritual os peregrinos descem para o calçadão da praia, para comer e beber nos bares, lanchonete e quiosques, a festa normalmente segue até as 18h. Depois os carros de transfer começam a levar os peregrinos para Guarapari e Vitória.
Em Vitória fiquei mais um dia na praia do Camburi para descansar.
Camburí Praia Hotel
Localização – Av. Dante Micheline, 1007 – Camburí
Contato – (27) 3325.0455
Hotel antigo, bastante decadente. Banheiro, TV, frigo-bar, bom café da manhã. Só vale pela localização perto do aeroporto.
Se for com tempo visite
em Vitória (centro):
Praça Oito de Setembro;
Palácio de Anchieta;
Escadaria Bárbara Lindemberg;
Catedral Metropolitana;
Escadaria Dionísio Rosendo;
Capela de Sta. Luzia;
Igreja de São Gonçalo;
Casarão Cerqueira Lima;
Escadaria Maria Ortiz;
Loja Maçônica União e Progresso.
em Vila Velha:
No terminal da Transcal tem ônibus para Vila Velha, lá chegando já tem um ônibus que segue para a Prainha, descer lá e caminhar pelas praias Champagnati e da Costa., indo em direção inversa da praia dá para ir à pé até a fábrica de chocolates da Garoto e fazer uma visita monitorada.
em Goiabeiras
Local onde as paneleiras trabalham na confecção de panelas de barro.