Salto Angel

VENEZUELA – SALTO ANGEL

COMO CHEGAR A SALTO ANGEL
Ø  Caracas
Ø  Ciudad Bolivar ou Puerto Ordaz
Ø  Canaima
Ø  Salto Angel
A forma mais prática (porém não mais barata), é tomar um voo até Caracas e outro até Ciudad Bolivar ou Puerto Ordaz, nessas duas localidades é muito fácil encontrar Agências que façam o pacote até Salto Angel saindo em um voo com destino a Canaima. A empresa aérea que opera o trecho Caracas/Ciudad Bolívar é a Rutaca Airlines. Já para Puerto Ordaz em linha interna operam: Rutaca Airlines, Avior Airlines e Aeropostal.
– Aeroporto de Ciudad Bolívar – Tomás de Heres (CBL) – Avenia Jesús Soto, 8001 – Ciudad Bolívar – Telefone: +58(0)285 632 4978 / 951 8881.
– Aeropuerto de Puerto Ordaz – Manuel Carlos Piar Guayana (PZO) – Avenida Guayana – Telefone: +58(0)285 632 4803 / 632 4978 / 617 8233
A forma, mais barata é ir de ônibus saindo a noite de Caracas e indo até Ciudad Bolivar ou Puerto Ordaz, estando em um desses dois lugares é só procurar uma a gência que cuide do restante do passeio. Até o momento os bilhetes de ônibus não podem ser adquiridos via internet e há o risco de ao chegar no terminal de ônibus eles estarem esgotados, isto ocorrendo será necessário contatar alguma agência ou ir com antecedência e tentar comprar o bilhete do terminal e ônibus. A viagem dura entre 8 a 9h. e o ar condicionado do ônibus é extremamente frio. A melhor companhia é a Rodovias (www.rodovias.com.ve). Terminal Privado de Caracas.
Aeroexpresos Ejecutivos – Avenida Principal de Bello Campo, Quinta Marluz, Bello Campo, Chacao, Caracas – Telefones: Master (0212)266.23.21 / Fax:(0212)266.90.11. http://www.aeroexpresos.com.ve/
Para chegar até Salto Angel adquirimos um pacote pela PIÑERO TOUR.   A agência embora tenha um bom site não mostrou experiência na área de turismo, bastante amadora, tanto na assessoria quanto na preparação dos guias.
A hospedagem em Canaima foi ALOJAMENTO TIUNA
Piñero Tour
Urb. Santa Cecília, Calle Rojas Queipo nº.102-39
Valencia, Edo. Carabobo, Venezuela
Phones – teléfonos + 58 – 414-4157372 / 426 – 9482282 / 242 – 82448080

www.pinerotours.com.

 SÁBADO.
Vôo TAM de 6 horas entre SP / CARACAS.
Contratamos um transfer do aeroporto ao Hotel Catimar, não apareceu ninguém! Então fomos até o balcão de auxílio e descobrimos que a informação sobre o Hotel Catimar deveria ser tomada no balcão do Hotel Olé Caribe, ninguém havia nos informado deste detalhe.  Após uma espera apareceu a responsável pelo Hotel Catimar que nos conduziu até uma van com mais algumas pessoas, o grupo foi conduzido ao hotel, que fica em Maquetia, bairro isolado e aparentemente pouco seguro. No quarto, fazia muito calor e o ar condicionado não estava funcionando, reclamamos na recepção e fomos transferidas para outro quarto. O hotel é simples, limpo, mobiliário e roupa de cama antigas, mas bem conservada, chuveiro frio.

HOTEL CATIMAR
 Urbanización Puerto Viejo Av. Ppal.,
Catia La Mar  – Estado Vargas, Venezuela. 
www.hotelcatimar.com – contacto@hotelcatimar.com – 
Esta a 5 Kms do Aeropuerto Internacional
Simón Bolívar (Maiquetía) – 
Tlfs: (58)212-351.90.97 – 351.79.06 – 614.99.31 – 614.99.32. 
A opção é jantar no restaurante que fica no piso superior. Bom atendimento, prato bem servido, comida razoável, limpeza idem, vista para praia. Pedimos 2 saladas, uma Cesar (molho com excesso de maionese), e uma de abacate com palmito que estava um pouco melhor. Cerveja, refrigerante e água. Valores:
B$160,00
U$25,40
R$57,12
Pedimos para que nos acordassem 03h:30, haveria uma van no saguão do hotel para nos levar até o aeroporto em Marquetia.
DOMINGO
Chegamos cedo ao aeroporto de Caracas, todas as lanchonetes fechadas, a aeronave de 132 lugares que nos levaria até Puerto Ordaz saiu com meia hora de atraso. Em Puerto Ordaz soubemos que o voo para Canaima ainda iria demorar fomos procurar uma lanchonete. Se o hotel tiver café da manhã incluso, fornecem kit lanche em substituição, notamos alguns turistas com embalagens de lanches. Não foi o nosso caso! É uma boa opção, se levarmos em conta que a única lanchonete aberta no Aeroporto de Puerto Ordaz é bastante cara. Comemos: 2 emparedados (pão de forma, peito de peru, queijo, tomate, alface) 1 suco e 1 cappuccino, tudo por B$170, se levarmos em conta que na noite anterior havíamos jantado por B$160. O café da manhã foi extremamente caro.
B$170,00
U$26,98
R$60,69
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O aeroporto de Canaima é bastante rudimentar, a pista comporta apenas aviões de pequeno porte bi ou monomotores. O voo dura 50’ e ao desembarcar há uma guarita para pagamento da taxa de entrada ao Parque Nacional de Canaima de B$150 por pessoa.
B$150,00
U$23,81
R$53,55
 A área de desembarque é apenas um pátio, piso de cimento e cobertura de sapé onde alguns indígenas já bastante estilizados vendem seus produtos “quase artesanais, aqui se encontra desde repelente e filtro solar até sandália havaiana. Após pagamento da taxa saímos à procura do responsável pela Piñero Tour – Em Canaima as empresas não procuram pelo cliente, ele é que deve ir atrás da empresa – após a identificação o transporte é feito em uma camioneta aberta com bancos laterais de madeira.
A pousada Tiuna Tour é simples, a área de recepção apenas uma mesa colocada na varanda da casa. Nesta varanda estão distribuídas algumas redes, uma única mesa de refeições com bancos e no entorno estão o quartos..
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Logo que chegamos já fomos encaminhadas para a etapa seguinte. Nossas mochilas foram no trator e fomos caminhando para conhecer o salto, Cachoeira El Sapo e a lagoa Ucaíma até chegar ao cais de Puerto de Ucaima. 

As canoas (curiacas), que sobem para Salto Angel são de madeira, cavada em troncos de árvores, suportam motor de 45HP e levam mais um motor reserva. A princípio achei que todo o material e mais os turistas seriam divididos em duas canoas, mas não foi o que ocorreu, tudo em uma única canoa: 2 motores, 2 galões de combustível, caixas com suprimentos, água, 10 turistas (2 brasileiras, 1 francês, 1 neozelandesa, 1 holandesa, 5 japoneses), todas as mochilas embaladas em sacos de sanito,1 caixa de isopor com o almoço.

 




A subida leva aproximadamente 4h. em sentido contrário a corredeira, como um raftting ao contrário, o rio não é profundo, é rápido e as pedras pontiagudas ficam parte fora da água, que é limpa, mas não transparente o que faz a navegação muito difícil, durante todo o tempo com o forte impacto da canoa sobre o rio jatos de água são jogados para dentro da canoa e embora estivéssemos com capa de chuva acabou entrando água. Indispensável colocar em sacos plásticos dinheiro, documentos e máquina fotográfica.
Na metade do caminho a canoa aporta em uma ilha, todos descem e atravessam a ilha caminhando entre vegetação rasteira cerca de 20’, trajeto pelo rio é muito raso neste trecho, a canoa precisa estar mais leve e pega os turistas do outro lado da ilha. 

 
 
A viagem continua, de repente começam a ser servidas algumas “quentinhas”, imaginei que seria para o piloto, mas depois apareceram mais e mais e então percebi que seria nosso almoço, a água era jogada para dentro do barco a todo o momento e as tais quentinhas de macarrão com molho de sardinha não podiam ter a tampa retirada totalmente para não entrar água, o ideal é deixar apenas dobrada pela metade, a Sara (Nova Zelândia), retirou a tampa e sua macarronada ficou mais parecendo uma sopa de macarrão com sardinha.
Finalmente o acampamento e o fecho final. Ao tentar fazer a curva para aportar na praia a canoa acabou se desgovernando, inclinou para o lado e começou a entrar água. As pessoas começaram a sair rapidamente, ainda fiquei sentada achando que aquilo não era real, mas quando vi que a água já chegava ao banco da canoa tratei de levantar e sair  o mais rápido possível, os japoneses conseguiram tirar algumas mochilas, entre elas as nossas, mas outras assim como alimentos, água potável e coletes acabaram descendo rio abaixo. Os homens foram rapidamente pela margem e por sorte como muitas pedras estavam expostas as mochilas acabaram ficando enroscadas e foram resgatadas.IMG_2969
Coletes e calçados que estavam no fundo da canoa foram embora. Posso dizer que tivemos sorte, saímos ilesas e com nossas mochilas apenas com o fundo molhado, perdemos os chinelos, mas ainda tínhamos tênis e algumas peças secas além do cobertor da TAM para passar a noite na rede.O dinheiro ficou totalmente molhado, precisei usar a toalha para dispor as notas separadas a fim de que não secassem grudadas, dormi com a toalha “cofre” sob a cabeça, afinal ali estava toda nossa garantia de viagem, os passaportes ficaram levemente úmidos. Chovia e como já era noite não seria possível ir até o rio para tomar banho, compromisso abolido! As velas foram acessas no acampamento, enquanto o guia, capitão e ajudante faziam a janta cada um tentava descobrir algum local para colocar as roupas para secar. Pedimos água porque desde a saída de Canaima não tínhamos bebido nada, mas o guia informou que não havia água para tomar, se servisse ficaria sem água para o café da manhã do dia seguinte.  O jantar demorou porque eles ainda foram acender uma fogueira para assar o frango. Depois da espera comemos: arroz, ¼ de frango por pessoa, repolho refogado, 1 copo de suco e em seguida fomos dormir.

SEGUNDA-FEIRA


Fomos acordados às 4h. e sem tomar café da manhã, escovar os dentes ou mesmo lavar o rosto, fomos orientados para começar a caminhada pela trilha da floresta que nos levaria a Salto Angel. Estava bastante escuro e fizemos uso de lanternas, o guia ia muito rápido na frente e embora levasse 10 turistas em fila indiana, não havia nenh
um guia no final como precaução se algo ocorresse com os últimos da fila. A trilha oferece dificuldade pelos alagados e raízes expostas, além de muitas pedras. Logo no início já encharcamos os tênis ao atravessar um riacho, depois dele em um terreno alagadiço acabei tropeçando em uma raiz e caí sentada. Após 1h. caminhando começa uma trilha mais íngreme, com pedras mais altas, e um emaranhado de raízes, é necessário ir encaixando os pés para não cair, muitas folhas tornam o terreno escorregadio. Surge a primeira visão do Salto Angel, imenso, com o sol já nascendo, mais um pouco de caminhada e chegamos a uma grande pedra para observação daquele colosso.
A água cai vertiginosamente do Auyan-Tepui (Montanha do Diabo), fomos ainda agraciados por um arco íris atravessando a cachoeira, o dia estava claro, poucas nuvens e foi possível ver o salto em sua totalidade.
Tiramos muitas fotos, ficamos um bom tempo sentadas nas pedras observando a água despencar e ninguém mais se lembrou da canoa, banho, jantar.
 
Além da queda livre Salto Angel ainda oferece uma segunda queda d’água, não tínhamos sido avisados da possibilidade de entrar na água, muitos entraram de bermudas, a queda é forte e forma uma lagoa fria, mas agradável para se banhar. Voltamos para o acampamento após percorrer de forma mais tranqüila o trajeto de volta, já que o dia estava claro.
O café da manhã nos esperava: café, suco (moderado), arepas com queijo ralado meia cura, ovo mexido. Depois disso começamos a arrumar nossos pertences para voltar, as roupas ainda estavam molhadas.

Embarcamos na canoa e fizemos uma rápida parada para banho no Poço da Felicidade, 


mais um trecho de 3h. e chegamos a Canaima, fomos conduzidos em uma carreta puxada por um trator até a pousada para almoçar: arroz, carne com batata, berinjela frita e suco.

 TERÇA-FEIRA
Café da manhã: café, arepas, ovo e queijo ralado. Arrumamos as mochilas, pretendíamos fazer uma caminhada pela vila, mas começou a chover e acabamos ficando no alojamento. Por volta das 10h. fomos para o aeroporto. Nosso vôo estava previsto para 11h.30 com a Transmandu em avião bimotor, com destino a Puerto Ordaz, aonde tomaríamos outro voo para Caracas. Ao chegarmos ao aeroporto fomos informadas que nosso voo tinha sofrido as seguintes modificações: partida seria às 14h., em avião monomotor e o mais preocupante é que não mais iríamos para Puerto Ordaz e sim para Ciudad Bolívar. Consegui junto à operadora local uma forma de entrar em contato com a pessoa que nos vendeu o pacote, ele disse não ser isso motivo de preocupação, haveria um receptivo no aeroporto de Ciudad Bolivar para nos conduzir até Puerto Ordaz (incluindo um tour pela cidade). Resolvemos voltar para a pousada almoçar e voltar mais tarde para o embarque.
 Quando fomos embarcar observamos que o nosso avião era um monomotor que não apresentava sinais de mínima segurança, a porta balançava, aliás, ele todo balançava muito, achamos que nem iria decolar, ainda bem que não houve turbulência e com 45’ de voo parte dele sobrevoando o rio Orenoco chegamos a Ciudad Bolivar, aonde segundo nosso contato teríamos toda uma assessoria. Não foi assim!
Ao chegarmos a Ciudad Bolivar não havia o receptivo nos esperando nem qualquer responsável da Piñero Tour e ficamos aguardando em pé no saguão do aeroporto por 1h.30, quando então percebemos que as agências ali instaladas estavam fechando suas portas e ficaríamos ali sem solução nos dirigimos até a guarda local para que nos auxiliasse, após mais um período de espera e sem muita explicação surgiu um carro e o motorista nos disse que era da Piñero Tour e faria o transfer até Puerto Ordaz, tudo muito inseguro, ou seja: não havia uma placa de táxi no carro, não fomos orientadas pela Piñero Tour sobre quem iria fazer nosso transfer, não havia identificação no carro e nem no motorista. Quem era? Sem opção… Fomos!
Jantamos no aeroporto de Puerto Ordaz. Pedimos 2 saladas de atum (alface, tomate, pepino, milho, azeitona e atum), e 2 ice tea.
Quando chegamos a Caracas às 10h:30 da noite já sabíamos que não haveria receptivo, conseguimos identificar uma pessoa com camiseta da Piñereo Tour que já estava rodeada por turistas reclamando da demora para levar ao hotel Catimar, sendo que a maioria não estava com nome na listagem de hóspedes, inclusive o nosso. Após 1h. de espera o guia nos levou para o hotel, novo transtorno para tentar acomodar todos, como vimos que a coisa estava de difícil solução concordamos em ficar em uma cama de casal para que pudéssemos ir logo para o quarto. O ar condicionado estava com problema e tanto fazia regular no 16ºC como no 22ºC a temperatura era a mesma.
CONCLUSÃO: Amei a viagem! Recomendo para quem gosta de aventura. Somente encontrem uma agência mais profissional.
 
CANAIMA
Considerações sobre o local
Parque Nacional de Canaima, constituído em 1962 e declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1994. Área de 30.000km2. (maior que a Bélgica), 6º. maior parque do mundo, faz fronteira com o Brasil e Guiana. Dentro deste parque estão os Tepuys e Salto Ángel.
Povoado de Canaima – é a parte mais ocidental do Parque Canaima, nele se encontra a Laguna Canaima.
Laguna Canaima – é o ponto de referência, a partir dela podem ser visitados os saltos: Hacha, Wadaima, Golondrina e Ucaima, tendo ao fundo vários tepuyes.
Tepuyes – Os tepuyes são mesetas (montanhas), com características inigualáveis, em que se destacam suas pareces verticais e seus cumes praticamente planos.  
Angel Falls, Salto Ángelou Cataratas Ángel (nome nativo Parekupa-meru- queda de água até o lugar mais profundo)  – Gerada pela queda do rio Churún é o mais alto salto do mundo, com 979 metros de altura em queda livre, antes da queda principal  a cachoeira tem 400 m de cascatas inclinadas, seguidas de uma queda menor de 30 metros. Só então a água despenca 807 metros a partir de um platô achatado conhecido como Auyan-Tepui (Montanha do Diabo).
Angel Falls é 15 vezes maior do que as Cataratas do Niágara. Seu nome é alusivo ao aviador estado-unidense James Crawford Angel. O Salto também foi colocado no filme animado Up – Altas Aventuras, que descreve o local do salto como o “Paraíso das Cachoeiras”.

Tem duas formas de ver o Salto Angel. Uma delas é em avioneta e a outra é em uma excursão que parte do porto Ucaima em Canaima. As canoas motorizadas chamadas de “curiaras” feitas pelos indígenas Pumóns de um só tronco da árvore “láureo”, algumas com mais de 600 anos, saem das margens do rio Carrao no Porto de Ucaima. Depois desta etapa vem uma noite de descanso em rede e no dia seguinte a caminhada através de uma trilha leva até a catarata, antes mesmo de avistar o Salto Angel já se ouve dentro da mata o barulho da água em queda.

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Um comentário sobre “Salto Angel

  1. Uau Jo que show! Imagino que não foi fácil principalmente os imprevistos mas com certeza valeu a pena. Lindas imagens!
    Parabéns por mais esta empreitada de sucesso.
    Odete

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