PARQUE NACIONAL SERRA DA CANASTRA
Valinhos a São Roque de Minas = 456km.
COMO CHEGAR (vias SP ou RJ)
Carro – São Roque de Minas é o principal ponto de apoio para quem visita a Serra da Canastra, o acesso é pela rodovia MG-050 que liga a região nordeste do Estado de São Paulo a Belo Horizonte. Após a divisa entre os estados, na cidade mineira e Piumhi, entrar no segundo trevo e atravessar a cidade, após 60km. está a cidade de São Roque de Minas, este trecho é por rodovia secundária passando por São Sebastião dos Cabrestos (município de Vargem Bonita) e Sobradinho (São Roque de Minas).
São Paulo: Rodovia Anhanguera ou Bandeirantes (até interligação com Anhanguera), passar pelo o anel viário de Campinas no km 86 e seguir sentido Mogi-Mirim, Mogi-Guaçu, Casa Branca, Mococa, Arceburgo e São Sebastião do Paraíso.
Rio de Janeiro: BR-040 passando por Três Rios, Juiz de Fora e Barbacena. Depois São João Del Rey e Lavras (via BR-265) e daí cruzando a rodovia Fernão Dias (BR-381) na altura de Perdões rumo a Campo Belo (BR 354) até chegar a Formiga, já na MG-050. Depois é só seguir rumo ao Estado de São Paulo até Piumhi e daí para São Roque de Minas.
Cidades que podem servir apoio para a chegada a Portaria do Parque Nacional da Serra da Canastra: São Roque de Minas (8 km), distritos de São José do Barreiro (9 km), São João Batista (1 km) e Sacramento (65 km), as duas últimas não são aconselháveis, o acesso por terra pode estar com estrada difícil de transitar.
Ônibus – São Paulo – Piumhi – Empresa União (Terminal Rodoviário Tietê)
Piumhi – São Roque de Minas – Empresa transimão (Terminal Rodoviário de Piumhi).
Considerações sobre São Roque de Minas – Minas Gerais
A região já pertenceu aos índios Cataguases que foram dizimados pelos brancos no século XVII, depois deles vieram os negros que fugiram de seus feitores e aqui formaram quilombos, o mais famoso foi o do Pai Inácio, eles se instalaram e viviam da agricultura, caça e pesca, mas foram dominados pelos brancos a mando de Diogo Bueno da Fonseca em meados do século XVIII, deixaram como herança alguns nomes como o Ribeirão do Quilombo, Cachoeira do Quilombo e Capão Forro que significa “mata do escravo livre”.
Há mais de um século a economia local está calcada na produção artesanal do Queijo Canastra e para isso conta com um rebanho bovino de aproximadamente 50mil cabeças, em seguida vem a cafeicultura e o turismo que começa a despontar, o número de visitantes saltou de 2mil para 30mil/ano.
População – 6.686 habitantes/2010
Área – 2.100 km²
Altitude média – 700 m.
Topografia Predominante – Montanhosa
ONDE FICAR EM SÃO ROQUE DE MINAS
Hotel Chapadão da Canastra
Localização – Benjamin Constant, 10 Centro
Contato – Renilda Soares Dupin, fone: (37) 3433.1267 – 3433.1440
Preço – casal R$200,00 baixa temporada e R$280,00 alta temporada. Check-in as 14h. e check-out as 12h. (confirmar preços)
Hotel com 3 andares (sem elevador), limpo, quartos com banheiro privativo, varanda, ventilador, TV, internet, estacionamento, vigia, videoteca, sala de jogos, loja de souvenires. Ambiente aconchegante, tratamento cordial, mas falta um pouco de preparo aos funcionários, possui um sistema de informação turística que apesar da boa vontade é amador. A proprietária Sra. Renilda é gentil e prestativa. O Hotel faz limite com o rio do Peixe que pode ser visitado por entre árvores nativas e frutíferas no quintal do hotel. O ponto alto é o excelente café da manhã onde não falta o pão de queijo e queijo Canastra. O hotel merece alguns reparos, porém é bem localizado e recomendado, tendo em vista que a cidade é de pequeno porte os hotéis e pousadas possuem um padrão dentro desta média.
Na ocasião estavam hospedados alguns membros de uma ONG australiana para fazer uma reportagem, também eram hóspedes: chineses, americanos, espanhóis e nós brasileiros.
O hotel providencia lanche individual para ser consumido durante os passeios, desde que avisado com antecedência: 1 sanduíche (queijo com presunto) + 1 sanduíche (peito de frango, requeijão, alface e tomate em pão integral) 1 banana, 1 suco, 1 barra de cereais. O lanche dá para servir 2 pessoas, somente levar mais suco ou água e não esquecer uma sacola para trazer os resíduos de volta.
Outras opções de hospedagem
Canastra Season – centro de São Roque de Minas;
Pousada Sírius – centro de São Roque de Minas;
Pousada Canastra – Av. Vicenti Picardi, 301, saída para o Parque Nacional da Serra da Canastra;
Pousada Barcelos – Avenida Vicente Picardi 189;
Chalé Pura Vida – 3km. do Parque Nacional Serra da Canastra;
Estância Macaúbas – 7km. de Vargem Bonita;
Canastra Adventure – 9km. do Parque Nacional Serra da Canastra;
Fazenda Passaredo Pousada Rural – 15km. do Parque Nacional Serra da Canastra;
As casas de família geralmente não oferecem roupa de cama e banho.
Casa Dona Joana – Avenida Padre José de Paiva, 478 – Bairro Biquinhas;
Casa Dona Lusa – Avenida Padre José Paiva, 450 – Bairro Biquinhas;
Casa Dona Vicentina – Avenida Padre José Paiva, 422 – Bairro Biquinhas;
Casa Dona Zélia – Rua Miguel Costa Pereira, 102 – Bairro Biquinhas;
ONDE COMER EM SÃO ROQUE DE MINAS
Como os passeios são longos, geralmente o turista leva um lanche de trilha e jantar na cidade.
Zagaia – bar, restaurante e pizzaria
Localização – Avenida Presidente Tancredo Neves, 22 – Centro
Está em um casarão tipicamente colonial, localização central, cardápio com pizza na pedra, porções, comida mineira e pratos a La carte, bom atendimento, música ambiente discreta.
Destaque para as porções de queijo Canastra. Se pedir vinho…. pergunte antes pelo preço, você pode levar um susto com a conta!
Restaurante D. Inês – comida caseira
Localização – Av. Vicente Picardi, 341 – Bairro São Paulo, São Roque de Minas. Comida simples, servida no fogão a lenha. Sobremesa goiabada com queijo canastra.
Varanda da Darquinha
Localização – Rua Virgílio Rodrigues de Melo, 120
Restaurante familiar, com self service não muito variado, mas comida caseira de boa qualidade. O local é uma varanda de casa de família que foi adaptada para receber turistas e pessoas da própria cidade que desejam uma refeição simples com tempero caseiro.
Almoço – R$30,00 p/ 2 pessoas
Hotel e Restaurante Cozinha Mineira
Localização – Av. Padre Murilo, 405 – centro
Comida caseira em fogão à lenha
Bar e restaurante Vicente – bar
Localização – Praça Cristino José Ferreira, 676 Só para quem gosta do estilo buteco, comida servida no fogão à lenha
Malibú Churrascaria e Pizzaria
Aberta para almoço e jantar até 21h. Serviço de Buffet ou por kg., atendimento familiar, higiene razoável, comida caseira. Embora divulgado como churrascaria e pizzaria o forte é a comida caseira servida no fogão à lenha. Uma opção simples e barata no centro de São Roque de Minas.
Recanto do Surubim (restaurante, pousada e camping)
Localização – Estrada São Roque de Minas (1,5km.) / Vargem Bonita
Experimente – Surubim recheado ao creme de queijo canastra ou costelinha com feijão tropeiro e doce de leite com queijo para sobremesa.
Buteco da Sol (antigo Rá) Camping e Restaurante
Localização – Estrada São José do Barreiro/Casca D’Anta, Km 5, São Roque de Minas.
Experimente a carne de lata.
Restaurante e Pizzzaria Varandas
Localização – Praça Augusto Lima, 80.
Comida caseira, cerveja gelada.
Restaurante Gira Sol
Localização – Av. Vicente Picardi, 270 – Bairro São Paulo.
Trabalha com duas vertentes de gastronomia, a típica mineira (tutu à mineira), e a contemporânea (salmão ao molho de maracujá).
Embutidos
Casa de Carnes JJ ou
Açougue do Pedrinho
Localização – Rua Virgilio de Melo Franco, 147 –
Se estiver de carro e levou o cooler aproveite para levar para casa: lingüiça de excelente qualidade, carne de carneiro, salaminhos, almôndegas, geléia de mocotó.
Supermercado Cebolão
Localização – Rua João Domingos de Faria, 230.
Cachaças mineiras a preços bem acessíveis, frutas para as trilhas.
Queijaria da Fazenda Agro Serra.
Localização – Estrada Parque Nac. da Serra da Canastra, Km 2,s/n.
Referência na produção do queijo Canastra, um local pequeno com produção limitada queijos a partir de R$10,00, os maiores com cerca de 1kg.1/2 sai por R$22,00 e o Real Canastra que pesa em torno de 6 a 7kg. custa R$200,00 aproximadamente (os preços citados podem sofrear alterações).
O QUE FAZER EM SÃO ROQUE DE MINAS
A cidade não oferece muitas atrações, o foco fica mesmo por conta da Serra da Canastra. Para visitar o 2 ou 3 são suficientes para os principais pontos, mas tem muita propriedade particular a ser visitada, no entanto, a maioria é de difícil acesso por conta da má conservação das estradas. Algumas visitas em propriedades particulares é aconselhável a contratação de guia credenciado.
Há divergências de informações nas distâncias das atrações e altura das cachoeiras, é muito difícil obter informações precisas nesses itens. Os valores das taxas também podem ter sofrido alterações.
COMO CHEGAR AO PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA
Portaria 1 (São Roque de Minas)
É a via de acesso mais utilizada para se chegar às áreas de visitação do Parque: Centros de Visitantes, nascente do Rio São Francisco, Cachoeira Casca D’Anta, observação do Vale do São Francisco.
Taxa de visitação – R$9,00
Centro de Visitantes
A Portaria 1 fica a 8km. de São Roque de Minas e o Centro de Visitantes fica a 500m. da Portaria 1, na ocasião estava fechado, só abre 5ª., 6ª. Sábado e domingo. Só conseguimos alguma informação na Portaria 1.
Curral de Pedras
Localização – Dentro do Parque Nacional Serra da Canastra
Atração – Antigo curral que servia como abrigo para o gado, uma interessante estrutura de pedras sobrepostas que foram trazidas por carro de bois e foram assentadas sem uso de argamassa, houve até aproveitamento de um muro natural de pedras que já se encontrava no local. Observando-se em meio ao mato dá para notar que eram dois ambientes para manejo do gado leiteiro que ficava ali instalado no verão com melhores pastagens.
Infelizmente o local estava totalmente tomado pelo mato, fiquei insegura de entrar, só fui um pequeno trecho.
Nascente do Rio São Francisco
Localização – Dentro do Parque Nacional Serra da Canastra.
Atração – O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado com o intuito de proteger a pequena nascente que surge em um charco e aos poucos vai ganhando água de afluentes e se transformando em um grande e importante rio. O vale que guarda a nascente está a 1.200m. de altitude, local marcado por uma pedra e não muito distante está a estátua de São Francisco. Durante o percurso dentro do parque o rio desce por cânions formando cachoeiras e piscinas naturais. Embora as cachoeiras sejam lindas, mas conhecer a nascente foi muito o ponto alto da visita.
Neste dia saímos às 8h, do hotel e tomamos uma estrada de terra de 6,5km que levamos 1 hora para percorrer e chegar a Portaria 1 do Parque Nacional da Serra da Canastra. No total foram 8 horas para conhecer duas das principais atrações (nascente do São Francisco, Curral de Pedras e cachoeira Casca D’Anta), a estrada é péssima e foram 70km bem difíceis. O lugar é muito bonito, ar puro, tranquilidade, poucos turistas, mas passamos a maior parte do tempo dentro do carro, na estrada de terra não passa carro pequeno e até na cachoeira “Rolinho” não deu para chegar, teria de ser carro tracionado.
Diz a lenda que o rio nasceu das lágrimas brotadas dos olhos da índia Irati saudosa de seu companheiro que saiu para lutar contra o homem branco por posse de terras e nunca mais voltou. Sentou-se em uma pedra e suas lágrimas deram origem ao Opará que significa rio-mar.
O rio São Francisco foi descoberto por Américo Vespúcio e André Gonçalves em 4 de outubro de 1501, dia de São Francisco de Assis. O rio tem sua nascente histórica na Serra da Canastra, município de São Roque de Minas a 1.200m de altitude e percorre 2.830m. antes de desembocar no mar, passando por 5 estados e 521 municípios.
Cachoeira Casca D’Anta
Localização – 38km. a partir de São Roque de Minas, entrando pela Portaria 1.
Grau de dificuldade – médio
Altura – 186m.
Após a visita da nascente, são 26,3km. até a cachoeira. Observar que logo na primeira bifurcação tomar à esquerda para chegar à cachoeira Casca D’Anta, as pedras levam ao início da trilha são escorregadias. A cachoeira é dividida em trechos que terminam em piscinas naturais, mas nem todas acessíveis, por um mirante é possível avistar parte da queda principal. Para chegar à parte inferior a trilha foi sinalizada pelo IBAMA, mas é recomendável levar água e usar um calçado de caminhada que possa ser molhado porque a trilha atravessa um córrego com trechos escorregadios, são 3km. com relativo grau de dificuldade que pode chegar às 4h. de caminhada (ida e volta).
Considerações pessoais sobre a Serra da Canastra
Patrimônio brasileiro! Lindas cachoeiras! Se quiser ver a maioria das atrações é necessário contratar um guia com carro tracionado 4×4. As estradas de acesso estão em estado de difícil trânsito, para visitar 3 atrações (nascente do S. Fco., Curral de Pedras e o alto da Casca D’Anta levamos 8hs./35km.). Na Cachoeira Rolinhos fomos orientados pela portaria do parque para não irmos, mesmo de camionete estava desaconselhável. Os funcionários do parque informaram que a melhoria das estradas deve começar sem data certa, o Centro de Informações só abre nos finais de semana e mesmo assim não há muita informação. O Curral de Pedras, na ocasião estava tomado por um mato alto. Encontramos uma equipe de australianos que estavam fazendo uma reportagem e lamentavam a dificuldade de acesso. Um patrimônio como a Serra da Canastra, com mais de 200 mil hectares, guarda a nascente do rio São Francisco, possui a Cachoeira Casta D’anta com quase 200m., mescla cerrado com vegetação atlântica, cultua ainda tradições descritas pelo naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, merecia ser tratada com mais carinho e atenção.
No dia seguinte tomamos o café da manhã e ficamos aguardando um casal de Minas Gerais que conhecemos no hotel para juntos irmos a Reserva Natural da Cachoeira do Cerradão, eles já haviam estado lá no dia anterior, não foram informados de que não abre às 2as.feiras e perderam a viagem. Saímos do Hotel às 8h. e chegamos à portaria da Reserva às 8h.20’, este local conta com apenas uma atração, e pode ser visto em ½ dia, mas o melhor é fazer no período da manhã, porque a última permissão de acesso é 16h.
RESERVA NATURAL DA CACHOEIRA DO CERRADÃO (área particular)
Localização – 7km. do centro da cidade.
Grau de dificuldade – fácil
Esta atração pertence a particulares, muito mais cuidada, as trilhas são limpas, com pedras colocadas de forma a facilitar a subida e descida do visitante. Na trilha as árvores são identificadas com placas indicativas, são várias quedas d’água com poços para banho.
Poço do Jatobá
A trilha percorre todo o entorno, começa na parte mais baixa e vai subindo, a primeira parada é em uma cachoeira com um pequeno salto, enormes pedras e um local onde se pode tomar banho.
Cachoeira do Rio
Continuando a margear o fluxo de água chegamos a Cachoeira do Rio, com uma queda d’água mais volumosa, também local para banho.
Cachoeira do Cerradão
Altura –200m.
O trecho a seguir é mais íngreme, estreito e escorregadio, mas com cuidado o acesso é tranquilo, não tem corrimão de sustentação. Embora seu nome seja no singular, possui um conjunto de saltos de água distribuídos em lances.
Taxa ambiental – R$10,00, limite 60 pessoas/dia.
Terminamos o passeio e voltamos para almoçar na cidade.
CAPÃO FORRO (particular)
Depois do almoço na Varanda da Darquinha voltamos para o hotel para descansar e às 14h. saímos para Capão Forro (mata do escravo liberto), que fica no caminho para o Parque Nacional da Canastra.
Localização – Dentro da área urbana, distante apenas 5km. de São Roque de Minas, são aproximadamente 20’ de carro com estrada regular, o acesso é feito pela estrada que leva à Portaria 1 do Parque Nacional da Serra da Canastra, entre à direita no entroncamento sinalizado com uma placa de madeira, se houver barro na estrada deixe o carro logo depois da porteira siga a pé.
Grau de dificuldade – fácil para Capão Forro I e II.
Altura – 33m.
Taxa de visitação – R$10,00. Atendimento ruim. Banheiro não recomendável.
Atração – Faça a primeira trilha passando a porteira da entrada, suba à esquerda, mais acima passe pelo topo da Cachoeira do Capão Forro I e siga pela mata, sempre do mesmo lado do riacho até a Cachoeira da Mata. Para a segunda etapa retorne pela mesma trilha, desta vez desça pela estrada, a casa dos proprietários vai ficar à direita. 500m adiante e agora visite a parte baixa da Cachoeira do Capão Forro I.
A partir da Capão Forro I, atravessando pelas pedras chega-se à Cachoeira. do Capão Forro II, onde costumam praticar rapel mediante autorização do proprietário. Do outro lado do riacho, descendo por uma trilha deve-se passar por uma porteira e novamente entrar no riacho para chegar ao Poço do Pulo, recebe esse nome porque tem uma parede de mais de 5m. de altura onde o visitante pode pular no poço de águas profundas. Seguindo este rio (do Peixe) chega-se a São Roque passando pelo Poço da Picareta (R$ 3,00 de taxa).
Para quem tem pouco tempo veja as cachoeiras do Capão Forro e Lobo que são as mais visitadas, a primeira exuberante já se mostra logo ao chegar, para ver a segunda é necessário ultrapassar algumas pedras (escorregadias), entre rochas que formam um cânion. Na cachoeira principal há um poço propício a banhos. A junção das águas das duas cachoeiras forma uma corrente de água que passa por grandes pedras, para percorrer este trajeto deve-se ter muito cuidado, são pedras grandes e escorregadias, mas para os mais experientes vale a pena acompanhar a descida da água e encontrar mais duas cachoeiras.
Fiquei um pouco receosa em atravessar para o outro lado, as pedras são imensas e escorregadias, apenas alguns pontos semi encobertos pela água dão possibilidade de travessia. Achei melhor esperar que nossos novos amigos de Belo Horizonte retornassem, a mulher voltou com a perna machucada, havia batido em uma pedra e estava com um hematoma e escoriações na perna. A cachoeira é bastante interessante, diferente das outras, aliás, em nossos passeios embora todos eles incluíssem uma cachoeira, todas possuem peculiaridades.
A origem do nome “Capão Forro” tem a ver com a época dos quilombos que existiram em toda a região da cabeceira do São Francisco. A palavra “forro” vem de alforria e “capão” significa mata. Tradução: mata do liberto ou do escravo livre.
CACHOEIRA DA CHINELA (particular)
Localização – 18km. de São Roque de Minas, fora do Parque Nacional. Sair de São Roque de Minas sentido Vargem Bonita por estrada de terra. O local não é muito fácil de chegar, as placas são insuficientes e havia gado circulando pela estrada quando já estamos próximos da cachoeira.
Grau de dificuldade – fácil
Altura – 25m.
Atração – Cachoeira belíssima, pouco lembrada pelos guias locais, possui vegetação nativa, árvores de médio porte ornadas com cipós e uma variedade de samambaias, inclusive a Samambaia Açu, pouco lembra a vegetação do cerrado. A cachoeira não é grande, mas o lugar é de uma tranqüilidade surpreendente, por ser apouco visitada tem a vegetação bastante preservada.
Taxa de visitação – não havia ninguém para cobrar quando estivemos visitando.
CACHOEIRA CASCA D’ANTA (parte baixa)
Localização – 40km. de São Roque de Minas, ir até a Portaria 4 do Parque Nacional, passando pela cidade de Vargem Bonita e pelo povoado de São José do Barreiro. A estrada é de terra o trecho que pertence a São Roque de Minas é relativamente bom, mas a parte de Vargem Bonita (22km.), é bem ruim.
Grau de dificuldade – fácil
Altura – 186m.
Atração – deixar o carro no estacionamento e fazer 20’ de trilha com leve descida para chegar até a base da cachoeira e se encantar com a força da água sobre o poço. Sem dúvida uma das jóias da Serra da Canastra. Para quem estiver disposto a fazer mais uma trilha e observar a cachoeira do alto, são 2h. de subida e 1h. de descida com um grau de dificuldade maior.
Procure chegar antes das 10h., principalmente se for final de semana quando fica lotado. Chegando a portaria é necessário pagar a taxa, aproveite a bica de água potável, há sanitário. Para chegar mais perto da cachoeira e fazer fotos utilize uma proteção para a câmera.
O nome vem da árvore Casca D’Anta (Drimys winteri), foi assim batizada por ter propriedades medicinais e cicatrizantes. Segundo os pesquisadores, a anta se esfrega no tronco da árvore para curar ferimentos superficiais.
Taxa de visitação – R$9,00
CACHOEIRA DO ROLADOR (particular)
Localização – são 500m. a partir da Portaria 1 do Parque Nacional.
Grau de dificuldade – fácil
Atração – Depois da portaria são 500m., de caminhada até o camping selvagem. São várias piscinas naturais de pouca profundidade. É necessário pedir autorização ao proprietário. Nos finais de semana e feriado fica lotado.
O local tem esse nome porque em certa ocasião uma camionete sem freios saiu da estrada e rolou pela ribanceira.
POÇO DAS ORQUÍDEAS ou LAGOA DOS PATOS (particular).
Localização – o acesso é pela Fazenda Bicame que faz divisa com o Parque Nacional. Para chegar ao Poço das Orquídeas a trilha passa pela Pedra Gigante, mirantes e nascentes.
Grau de dificuldade – médio, mas como o acesso ao Poço fica em área com pouca referência, não é indicado em dias de neblina.
Atração – A área pertence à Cooperativa Agropecuário de São Roque de Minas e o Poço das Orquídeas é resultado de exploração eco turística que cavou uma piscina natural, pequena cachoeira, praia de cascalho e árvores com orquídeas.
CACHOEIRA DO ANTONIO RICARDO ou CACHOEIRA DOS LEITE (particular)
Localização – 25km. de São Roque de Minas, via Estrada do Cerradão/Beira da Serra, povoado Dos Leite. Há várias bifurcações, leve um GPS. A distância é contraditória algumas informações dizem 25km e outras 17km.
São várias cachoeiras que terminam em um cânion.
Grau de dificuldade – médio/difícil
Altura – 80m.
Atração – Se o visitante optar por uma caminhada mais leve faça a trilha que margeia o rio para chegar até a cachoeira menor ao pé do cânion, no caminho algumas travessias pelo rio e pequenas grutas que se formaram pelo desmoronamento de rochas. Para quem for chegar até a cachoeira principal é recomendável a contratação de um guia, são 2h. de caminhada com grau de dificuldade alto. Evite em dias chuvoso. A trilha é bem demarcada íngreme no início e pode estar escorregadio em período chuvoso, para auxiliar a descida foram colocados corrimões de bambu.
Taxa de visitação – R$10,00 (inclui Cachoeira do Vento).
CACHOEIRA DO VENTO (particular).
Localização – idem Cachoeira Antonio Ricardo
Grau de Dificuldade – difícil.
Altura – 150m.
Pertence ao Sr. Antonio Ricardo (proprietário da Cachoeira Antonio Ricardo). A cachoeira tem duas quedas e por possuir pouco volume, a água muda de direção de acordo com o vento. Tem piscina natural para um banho. Altamente recomendado a contratação de um guia, a trilha é pouco percorrida e pode levar 4 horas entre ida/volta. É formada pelo rio Quilombo, por isso algumas vezes é chamada de Cachoeira do Quilombo.
CACHOEIRA DOS ROLINHOS, ROLIM OU ROLINHO
Localização – 40km. de São Roque de Minas
Grau de dificuldade – difícil. Acesso em veículo 4×4. Requer contratação de guia.
Altura – 300m.
Dá para ser vista ao longe, mas para chegar até a base é necessário percorrer trilha isolada por cerca de 2h. O fluxo de água se bifurca no alto e escorre por um paredão percorrendo uma queda considerada a mais alta do Parque da Canastra.
Os moradores contam que a cachoeira recebeu este nome quando um boi chamado Rolim foi arrastado pelas águas.
CACHOEIRA DO FUNDÃO (particular)
Localização – 52km. de São Roque de Minas
Dificuldade – difícil acesso
Altura – 80m.
Atração – parte dela está dentro do Parque Nacional, na sequência entrar por uma estrada secundária sem sinalização, finalmente os últimos 10 km, só em veículos 4 x 4 até chegar à sede da fazenda. Entre em contato com o responsável e
deixe encomendada uma refeição caseira antes de entrar na trilha de 1,5km. até a Cachoeira do Fundão que recebe águas do Rio Santo Antonio e despenca para formar uma piscina natural, próximo a margem há uma pedra que serve como “trampolim”, a cortina de água que se forma pode ser atravessada e nadando se tem acesso a uma pequena gruta ao lado. O local não tem sombra, recebe sol o dia todo e no paredão as andorinhas migratórias fazem ninho atravessando a cortina de água.
Taxas – a primeira é um pedágio na travessia da primeira fazenda e mais R$3,00 por pessoa para acesso à cachoeira.
Foto – pousada irmaosol-serracanastra.blogspoto.com.
CACHOEIRA DA LAVRA (particular)
Como chegar – Esta cachoeira está no paredão sul da Serra da Canastra
Grau de dificuldade – difícil. Recomendável contratação de guia.
Altura – 100m.
Atração – A trilha exige 2 a 3 horas de caminhada, em áreas de antigos garimpos e passando por travessia no rio e trechos escorregadios e perigosos.
GRUTA DO TESOURO (particular)
Localização – 18km. de São Roque de Minas, próximo ao distrito de Sobradinho.
Grau de dificuldade – difícil
Atração – formação de estalactites e estalagmites além de um rio subterrâneo que para ser atravessado é preciso rastejar e em alguns pontos a água fica na altura do peito, além de toda essa “emoção”, o visitante pode contar também com uma cachoeira.
É importante contratar um guia local, principalmente em período chuvoso, quando o nível do rio pode subir repentinamente. O proprietário dispõe de guias que monitoram as visitas e alugam lanternas, o guia pode ser contratado também em São Roque de Minas. Para sua segurança verifique antecipadamente se o guia disponibiliza capacetes e lanternas.
DESEMBOQUE
Localização – próximo a portaria 3 do Parque Nacional, às margens do rio das Velhas, pequeno vilarejo histórico que pertence a Sacramento.
Atração – visite as duas bem conservadas igrejas que eram freqüentadas pela classe nobre e escravos, são remanescentes da época da fundação em 1743. A de maior valor histórico é a Matriz de Nossa Senhora do Desterro do Desemboque (1.743). Desemboque é o povoado mais antigo de toda a colonização do Brasil central, chegou a ter 1.500 habitantes durante o período de garimpo do ouro na região, atualmente o povoado tem pouco mais de 20 casas e 100 moradores que tem orgulho de divulgar ser esta a terra natal do ator Lima Duarte.
DICAS
– Água deve ser levada em todos os passeios, não há abastecimento nos locais;
– Leve: bota de caminhada ou tênis antiderrapante, boné, mochila de ataque, filtro solar, roupa de banho, repelente, lanche de trilha;
– Se estiver de carro procure se informar antes as condições da estrada, quando chove somente com 4×4;
– Verifique se existem bancos ou caixas eletrônicos que você utiliza no destino escolhido;
– Aproveite para comprar queijo canastra;
– Faça revisão em seu veículo;
– Informe-se sobre as distâncias, condições de acesso e preços dos atrativos que você pretende visitar;
– Procure fazer reservas de hospedagem antecipadamente;
– Contrate guias apenas em agências ou receptivos confiáveis;
Alguns preços apenas como referência
Hotel Chapadão da Canastra – quarto standard casal R$200,00 baixa temporada e R$280,00 alta temporada. Não incluso 10% de taxa sobre serviços.
Zagaia restaurante (pizza e vinho) – R$89,00
Lanche de Trilha – R$20,00
Malibu restaurante – jantar – R$68,00, R$59,00
Varanda da Darquinha – almoço – R$20,00