Post atualizado em 2020 – valores informados podem sofrer alterações.
“Capital Intercultural do Equador”
Nome – San Luiz de Otavalo
Origem do nome – em Chaima, “lugar dos antepassados”.
Distância de Quito – 110km.
População – 110.000 habitantes (44,3% no setor urbano)
Língua Oficial – Kichwa é o idioma Inca do Equador, o espanhol é bem aceito.
Moeda – Dólar americano.
Altitude – 2.532m. a.n.m.
Clima – temperatura média 15 °C, as manhãs e noites podem ser um pouco frias.
Atração – o maior mercado a céu aberto da América do Sul.
Diário de Bordo – no final do relato
As origens de Otavalo remontam ao século XVI, os otavalenhos mantém tradições, histórias e celebrações sagradas como o festival indígena Inti Raymi, que celebra o solstício de verão com música e dança. Os habitantes foram inseridos a força ao império Inca, mas com a chegada dos espanhóis o trabalho artesanal foi valorizado com criação de workshops e após a saída dos espanhóis eles já estavam estabilizados e continuam até hoje com esta atividade.
Os otavalenhos são pessoas amáveis, orgulhosas de seu trabalho, a variedade dos produtos e qualidade não deixam dúvidas sobre suas habilidades manuais que remontam do período pré incaico, eles são 50% na feira, os demais participantes são Kichwa, Afro-Equatorianos, Mestiços e outras etnias menores.
Como chegar partindo de Quito
Ônibus – transporte público saindo de El Ejido os ônibus partem a cada 20 minutos, custa U$2,50, mais U$ 0,20 da taxa do terminal terrestre e leva 30 minutos até o Terminal Carcelén, de onde saem vários ônibus para Otavalo, utilize a Cooperativa Otavalo ou Cooperativa Los Lagos, a passagem custa U$2,50 e o trajeto leva de 2h. a 2h.30 e são diversas empresas que fazem o trajeto. Chegando em Otavalo um táxi deve cobrar U$1,25 para levar até a hospedagem.
Táxi – do aeroporto até Otavalo o custo varia entre U$50 e U$55, tempo de viagem de 1h.30.
O QUE VER EM OTAVALO
Otavalo oferece festivais: Y amor, Inti Raimi (festivais do sol), Pawkar Raimi (festival de florescimento), aprenda a tricotar em teares de madeira ou fazer música, visite cachoeiras sagradas, lagos, lugares sagrados e se tiver tempo faça caminhadas ecológicas.
Chegue na sexta feira para descansar e aproveitar bem o sábado, desta forma você já consegue apreciar a feira antes da chegada dos turistas que vem de Quito.
Plaza de Ponchos
Desde 1929 o mercado de Otavalo é espetacular, reúne todo tipo de artesanato que se possa imaginar, a arte têxtil é fantástica. Neste lugar você encontrará pinturas de Tigua, tapeçarias das Salasacas, esculturas de San Antonio de Ibarra, artigos de couro de Cotacachi, artesanato dos Saraguros, da Kichwa do Leste. Com o passar dos anos a matéria prima e qualidade tiveram mudanças, mas continua sendo um artesanato tradicional com técnicas herdadas dos tempos antigos, como desenhos colhidos de vestígios de tecidos encontrados em escavações arqueológicas.
Atualmente a produção artesanal tem um foco forte no turismo, são bolsas, casacos, blusas, bijuteria, blusas bordadas com ou sem fartos babados, objetos de madeira, saias longas, roupinhas de bebê, cerâmica e muita coisa de lã. Preços? Você pode fazer oferta, eles estão acostumados, mas pode ter certeza de que os equatorianos vão pagar menos do que os sul-americanos e esses menos do que os demais estrangeiros. Você não vai sair de lá sem comprar nada, como a maioria das peças tem um toque andino, leve em conta que aquela roupa super colorida que te encantou talvez esteja fora do contexto para ser usada no Brasil.
Localização – ruas Sucre e Salinas
Horário de pico – 12h. horário que os turistas se aglomeram vindo de Quito.
Quando – aos sábados é o melhor dia, mas há vendedores todos os dias, com razoável fluxo as quartas e domingos.
Mercado de animais
Um produto bastante procurado são os cuys (porquinho da índia), assado ou feito no espeto é uma iguaria em todo o Equador.
Começa entre 5h.30 e 6h. O local tem aproximadamente o tamanho de um campo de futebol, eles vão se organizando por setores para as vendas, os animais menores são vendidos no começo da feira e os maiores no final, do lado esquerdo tem um barranco onde fica montada a feira de alimentação.
As mulheres vestidas com roupas típicas de acordo com a tribo que pertencem, a maioria são da própria região de Otavalo, usam uma saia de tecido cru e sobre ela uma outra saia negra aberta nas laterais que deixa ver a nesga do tecido cru, usam blusas brancas bordadas com mangas bufantes que também levam bordados, nos pés alpargatas de um tecido muito semelhante ao brim, na cabeça um lenço amarrado. Os homens vestem calças brancas até no tornozelo, um poncho colorido e nos pés alpargatas, fazem tranças com seus longos cabelos que é um sinal de virilidade.
Se você tem problemas em assistir animais amarrados ou em gaiolas o melhor é não visitar a feira, não tenho nada a criticar, pois são atitudes culturais.
O Que Mais Tem Para Fazer Em Otavalo?
Com um bom guia que tenha carro dá para conhecer muita coisa aproveitando o restante do sábado e domingo o dia todo.
Igrejas
Igrejas para serem visitadas na cidade: Santuário de San Luis, Iglesia de El Jordan. Na área rural as paróquias de San Pablo del Lago, González Suárez, San Rafael de la Laguna, Eugenio Espejo, Quichinche, Miguel Egas Cabezas, Ilumán, Selva Alegre, San Pedro de Pataquí
Museu Vivente Otavalango
O Museu foi criado em 2011, está instalado em uma fazenda espanhola de 1821, mantém preservada a arquitetura histórica: Obraje, La Casa Cruz, La Casa del Patron e outras. Estão em exposição antigos teares de tecelagem utilizados antes e depois da conquista espanhola, trajes indígenas, cerimônia de casamento, festivais e experiências ancestrais, prática da agricultura de acordo com o ciclo da lua, medicina ancestral com o Taita Yachak, o ciclo de vida e morte de acordo com os costumes tradicionais do mundo Kichwa e cerimônias “Wantia”.
Localização – Via Antigua a Quiroga #1230, antiga fábrica San Pedro
Horário – segunda a sábado das 9h. as 17h.
Preço – U$5
Gruta Del Socavón – Virgen de Montserrate
Antigamente foi um sítio sagrado indígena. A imagem da Virgem é venerada e foi colocada no interior da gruta que verte águas cristalinas onde os fiéis e romeiros jogam moedas para pedir seus favores. Em torno da Gruta del Socavón está o mirador e Cruz de Socavón, o acesso é através de uma escada de onde se pode contemplar a cidade de Otavalo.
Localização – parte oriental da cidade, no tradicional Bairro La Florida, portal de entrada do Bairro Monserrate.
Arredores de Otavalo e Peguche
Cascada de Peguche (Cascata)
Aqui acontece a maior parte da celebração do solstício de verão na queda d’água que é alimentada pelas águas da Lagoa de San Pablo, que com o tempo criou um canyon. As comunidades indígenas locais atribuíram a cascata poderes sobrenaturais que ajudam a vida cotidiana da população. No solstício de verão as comunidades vão até ela à noite para o banho ritual com a finalidade de preparar-se espiritualmente para a celebração das festas que duram alguns dias.
Leve agasalho, sapatos cômodos, repelente de insetos.
Localização – vilarejo de Peguche
Distância de Otavalo – 3,3km.
Temperatura – 12º.C
Altitude – 1821m. a.n.m.
Altura da cascata – 30m.
Como chegar – em transporte público: ônibus da Cooperativa Imbaburapac (cor vermelha), por U$0,35 saem a cada 30 minutos e demora de 10 a 20 minutos; táxi U$3; caminhado 40 minutos.
Cementério Indigena (cemitério)
Os dias de visita aos falecidos é segunda e quinta feira, o maior fluxo é no dia 2 de novembro, para esta ocasião os indígenas preparam os alimentos preferidos do falecido e nas primeiras horas da manhã colocam uma bateia sobre o túmulo com arroz, feijão, batata, milho, banana, tomate, abacate, pão e outras iguarias, para que o falecido desfrute. Os indígenas levam porções extras para dividir com as pessoas que estejam ao redor da tumba. Membros da família relatam fatos ocorridos durante o ano diante do túmulo e o ritual transcorre o dia todo.
Localização – calle Modesto Jaramillo y Manuel Quiroga, esquina diagonal a Plaza de Ponchos.
Distância de Otavalo – 2km.
Temperatura – 14º.C
Altitude – 2.565m. s.n.m.
Horário – de segunda a sexta das 8h. as 17h.30 e sábado das 8h. as 16h.
Como chegar – em transporte público, o ônibus da Cooperativa Imbaburapac sai do terminal terrestre de Otavalo a cada 30 minutos, ele se desloca para a Cascada de Peguche, peça para descer perto do cemitério, valor da passagem U$0,35. Táxi U$3.
Mirador El Lechero
Mirante natural de onde é possível observar Otavalo, Laguna de San Pablo, Vulcões Imbabura e Cotacachi, Montanha Fuya Fuya. Para os indígenas é um local sagrado onde se realizam cerimônias de purificação e onde se deixam oferendas: milho, ervilhas, cuys e chincha
Localização – 5 minutos do Parque Cóndor.
Distância de Otavalo – 7 km.
Temperatura – 12º.C
Altitude – 2.847m. a.n.m.
Como chegar – Caminhando percorra a Calle Piedrahita e siga a sinalização, será 1hora de caminhada. Táxi leva 10 minutos, custo de U$4.
Parque Cóndor
O Parque Cóndor é um centro de resgate e cuidados de aves de rapina.
Distância de Otavalo – 6 km.
Temperatura – 12º.C
Altitude – 2.817m. s.n.m.
Localização – imediações do Mirador El Lechero
Como chegar – mesmo trajeto do Mirador El Lechero
Laguna San Pablo
A lagoa é um eco sistema, entre as plantas aquáticas está a totora (Scirpus sp) que é utilizada por comunidades locais na confecção de esteiras, almofadas, tapetes que são utilizados pelas famílias indígenas. Também vivem aqui garças, patos e alguns anfíbios. Nas margens há alojamentos, restaurantes, barcos para passeio
Nome original – Imbakucha, como é conhecida pelas comunidades indígenas.
Localização – aos pés do Vulcão Ibabura.
Distância de Otavalo – 10,7km. em estrada asfaltada.
Temperatura – 12º.C
Altitude – 2.660m.
Profundidade – 48m. no centro e 35m. na margem.
Superfície – 2km.2.
Como chegar – as cooperativas de ônibus Otavalo, Los Lagos e Imbaburapac com bilhetes de U$0,35 levam até a comunidade de San Pablo, Araque ou Trojaloma de onde se pode chegar até a lagoa
Lagunas de Mojanda
Esta lagoa de origem vulcânica está rodeada por resquícios de um bosque nativo que mantém a biodiversidade da região setentrional andina. São 3 lagos conhecidos como: Cuicocha (lagoa grande), Warmikucha (lagoa pequena), e a Yanakucha (lagoa negra). Montanhistas se valem da altitude para fazer aclimatação antes de escaladas. O local é frio leve um agasalho e procure ir pela manhã, a tarde a neblina cobre a paisagem.
Localização – região de Mojanda.
Distância de Otavalo – 16km.
Temperatura – 8º.C.
Altitude – 3.720m. s.n.m.
Como chegar – apenas 20 minutos de táxi da cidade.
Cascadas de Taxopamba (cascatas)
Conjunto com 2 saltos, o primeiro com 15m. e o segundo com 10m. Leve repelente contra mosquitos.
Localização – muito perto das Lagunas de Mojanda.
Distância de Otavalo – 6,4 km.
Temperatura – 12º.C
Altitude – 2.846m. a.n.m.
Como chegar – um táxi leva até a comunidade de Mojandita por U$4, mas eles não esperam a volta, portanto terá de voltar caminhando ou contratar o taxista para ir buscar com hora marcada.
Cerro Fuya Fuya
Faz parte de um complexo vulcânico conhecido como Mojanda. A cratera do Fuya Fuya abrange 5km. de diâmetro, excelente trilha para caminhada, no cume do cerro são avistados os vulcões Caymbe, Imbabura e Cotacachi. Aconselhável ir com guia, pois a neblina ocorre a qualquer momento e pode dificultar a volta.
Origem do nome – significa nebuloso, coberto de nuvens.
Localização – perto das lagoas Mojanda
Temperatura – 10º.C
Altitude – 4.279m. a.n.m.
Ecoturismo e Turismo Vivencial Indígena
Eugenio Espejo é uma paróquia de Otavalo, onde existe uma Corporação de Indígenas que realizam Ecoturismo Comunitário com visitas aos bosques nativos do Cerro Mojanda, passeios em lancha na lagoa de San Pablo e visitas as comunidades com guias nativos onde se podem provar pratos típicos da região, especialmente às quartas-feiras (miércoles).
ONDE FICAR ( centro)
Chukitos Hostal Inn
Quartos com banho privado, água quente, TV, Internet, máquina de lavar, cozinha comunitária, informação turística, garagem. Hostal administrado por nativos otavalenhos que falam inglês, espanhol e quéchua . Excursões para vulcões Tayta Imbabura, Cotacachi y Mojanda. Transfer de/para aeroporto.
Nosso quarto era pequeno, colchões razoáveis, mas tudo suficiente.
Localização – Bolivar 10-13 y Morales (esquina), está a 3 quadras da Plaza de Ponchos
Preço – US$14 single e US$25 doble.
Hotéis (melhores)
Medina Del Lago*****, Hotel Otavalo*****
Hostais (preço médio)
Doña Esther Otavalo, La Casa de Martin, El Andariego,El Indio Inn
Hostais (econômicos)
Santa Fé, Runa Pacha, Paukar, Magui’s house.
ONDE COMER
Deli – $$ (recomendo)
Daily Grind $
IncaZen Tea House – $
Taco Bello $
Tayta Wasi $
Pouttin $
PRATOS TÍPICOS
Os alimentos como o morocho, quinoa, chuchuca, milho e grãos em vagens não foram substituídos por alimentos rápidos e importados. O abacate é considerado um complemento dos pratos salgados.
Carne Colorada
Cuy (porquinho da índia) – um dos pratos mais tradicionais de Otavalo, uma iguaria. Marinado com alho, sal, especiarias e depois é inserido em um espeto e levado para grelhar em fogo a carvão. Um típico churrasco de cuy acompanhado de batatas, milho e mote.
Fritada – carne de porco cortada em cubos e frita na própria gordura acompanhada de banana, batata, milho, tostada, tudo passado na mesma gordura em que se fritou a carne, pode ter abacate também.
Empanada – tipo de pastéis recheados de carne ou queijo e fritos, são comuns em um lanche ou entradas.
Humitas (tamale) – pode ser um pouco parecida com nossa pamonha salgada.
Locro – é um ensopado de batata e queijo, pode levar legumes (abóbora, milho, feijão e abacate). Servido como entrada em restaurantes.
Chica de jora – entre as bebidas populares é a mais tradicional, é elaborada a partir milho que foi deixado a germinar coberto por folhas e depois deixado ao sol para potencializar o açúcar, depois disso é moído e cozido em grande quantidade de água, frio é colocado em barris e descansam oito dias em fermentação. Tradicional desde os tempos pré-incas, é uma bebida sagrada usada em atos cerimoniais e festivais de todas as culturas pré-hispânicas na zona andina central, não falta nos festivais de Yamor de Otavalo.
Feijões Calpo – mistura de batata, feijão e “melloco”.
Uchufa Tanda – mescla de farinha de milho e feijão embrulhado em folhas novas de milho e levado para ferver por uma hora. Muito tradicional.
Runa Tanda – pão que os indígenas preparam principalmente em novembro, sua base é o fubá.
DOCES
Quimbolito – bolo de milho, enrolado em uma folha de bananeira e cozido no vapor, montado como uma humita, mas é doce. Os quimbolitos geralmente são decorados com uvas passas, mas também podem ser preparados com frutas como morangos, amoras, etc.
Sorvetes de creme ou frutas
Doces a base de farináceos – suspiros, rosquinhas, biscoitos
Diário de Bordo (sexta-feira) – Como fomos? – Fomos de avião de Cuenca para Quito, a ideia era no aeroporto tomar um táxi até o Terminal de Trolebus, seguindo para o Terminal de Ônibus Carcelén. No aeroporto a taxista pediu U$6 mas acabou deixando por U$4 para nos deixar no Terminal de Trolebus, ali compramos nossos bilhetes por U$2, e após 1/2h. de espera o Trolebus não apareceu, conseguimos compartilhar um táxi com duas equatorianas e assim seguimos para o Terminal Carcelén, o local de venda de passagens mais parecia uma baia, as pessoas ficam naqueles minúsculos cômodos para venda de passagem e gritando o nome da cidade, uma loucura, parece mais um leilão, é necessário perguntar se o ônibus entra em Otavalo porque alguns param na Panamericana que fica distante 1km. do centro, o local onde desembarcamos estava a 5 quadras do centro, nem foi preciso pegar táxi.
Procure sentar-se no lado direito do ônibus para ter a melhor vista da cidade na saída do terminal e a vista do Cotopaxi e Cayambe vulcões visíveis em dias claros. Lembre-se que o último ônibus de volta para Quito, especialmente nos fins de semana fica muito cheio, por isso não espere até o último minuto para comprar o seu bilhete.
Otavalo é bem melhor do que imaginava, a feira na Plaza de Ponchos já estava sendo montada, mas o forte mesmo é sábado, aproveitei para fazer umas fotos.
Não tínhamos reserva de hotel, apenas informações sobre o Hotel Chukito’s, fomos até lá, o atendimento foi excelente, já deixamos planejado um tour no domingo, deixamos as mochilas e fomos conhecer a cidade e principais pontos turísticos.
Diário de bordo (sábado) – acordamos 5h.30 da manhã para ver a montagem da feira dos animais, eles levam para vender e trocar: vaca, carneiro, cabrito, gato, cachorro, porco, sendo que a pomba e o cuy (porquinho da Índia), são uma iguaria. A Paula ficou só no início da feira quando viu os porcos amarrados pela barriga e uma mulher vendendo cuy e pegando o bichinho pelo pescoço voltou para o hostal, eu fiquei para fotografar mas, evitei esses lances mais “violentos”, fotografei apenas o “cotidiano”.
Voltei para o hostal para pegar a Paula, tomamos café e fomos para a Feira de Ponchos por volta das 9h., segundo a Paula teríamos de andar bastante para enjoar e comprar pouco e foi o que fizemos, fomos enveredando pelos vários quarteirões, na parte baixa da Plaza fica o setor de alimentos com comida pronta, mas também vendem produtos horti fruti granjeiros.
Tudo muito colorido, barato, no local tudo é lindo, mas chegamos à conclusão de que no Brasil seriam peças para gavetas, compramos pouca coisa e aproveitamos o restante da tarde para conhecer alguns pontos da cidade e arredores.
Contratamos um guia com carro para aproveitar o restante do sábado e boa parte do domingo.
Diário de bordo (domingo) – voltamos para Quito – Linha do Equador
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS FEIRAS DE OTAVALO
PEGUCHE – nesta localidade estão artesãos com seus teares, uma alternativa para quem quer comprar tecidos artesanais.
COTOCACHI – local de vendas de artigos de couro (não achei bons preços).
SAN ANTONIO DE IBARRA – ateliês de peças de madeira esculpidas a mão…
Tapetes – Tem origem no trabalho das mulheres, que nos anos 50 começaram a tecer tapetes em teares de pedal, e incorporaram ao tecido motivos criativos e cores que expressam sua riqueza cultural. Os desenhos mais utilizados são as figuras indígenas, paisagens, festas, animais e figuras geométricas.
Ponchos – são parte da identidade dos povos, é uma vestimenta dos indígenas do campo para se proteger do frio. As cores são derivadas da identidade da comunidade. Seu preço pode variar de acordo com tipo de lã, fio e desenho. Em Otavalo o poncho azul de uma só cor é o mais comum, juntamente com as calças brancas, é o vestuário de todos os dias.
Panos (lenços, xales) – são usados pelas mulheres indígenas, elas cobrem suas blusas bordadas em cores que tem como fundo um tecido branco, com um xale que chamam fachalina.
Fajas (faixas) – tem várias figuras e cores, substituem os cintos que usam as mulheres mestiças. Podem ser usados para ornar o cabelo ou como cintos.
Sacos Tejidos (sacos de lã) – teve sua origem com as mulheres mestiças, foram elas que iniciaram este trabalho feminino, com delicadeza, paciência e como atividade recreativa teciam a mão os sacos de lã. Aos poucos foi se incorporando esta prática também entre as mulheres indígenas, fazendo parte de seu trabalho.
Pulseiras, bordados, bolsas, almofadas, cobertores – são produtos que tem uma diversidade de desenhos que são próprios de cada comunidade indígena. Estes artesanatos têm diversas formas de produção e provém das comunidades de Ilumán, Peguche, San Pablo, Quinchuquí.
Sombreros de Pano (chapéus de pano) – são fabricados em Otavalo e Ilumán. Tem diversas formas e cores, e estes detalhes caracterizam os chapéus de homem e mulher.
Colares indígenas (walkas e manillas) – são artefatos que servem de adorno para a vestimenta das mulheres indígenas, são vistosos e de boa qualidade.
Bisuteria (bijuteria) – brincos, colares, anéis, prendedores, botões, pulseiras e outros adornos, são fabricados utilizando principalmente a alpaca, produto parecido com a prata além de outros materiais como pedras de hematita, diamante e coralina. As bijuterias são fabricadas pelos homens na sua maioria jovens mestiços e comercializadas pelas mulheres.
Antiguidades – nos últimos anos tem crescido a oferta de antiguidades na Feria de Ponchos, o que mostra a evolução da localidade.
Artesania de Madera (artesanato em madeira) – a abundante madeira tem proporcionado uma variedade de produtos derivados: instrumentos musicais, entalhes artísticos e religiosos, urnas, candelabros. Os instrumentos musicais mais comercializados são as maracás, produtos da Costa e do Oriente equatoriano feito em balsa.