Atualizado em 2023, valores podem ter sofrido alterações.
Pisco
Pisco prosperou originalmente devido a seus vinhedos: o nome da cidade batizou a típica bebida peruana “pisco”, que em quéchua significa “pássaro”. O pisco peruano é considerado Patrimônio Cultural do Peru., um bom pisco demora 24 meses para ficar pronto e atingir 70% de teor alcoólico.
São dois os passeios mais procurados para quem vai até Pisco no Peru: Parque ou Reserva Nacional de Paracas e Islas Ballestas, algumas vezes chamadas de “Galápagos Peruanos” ou “Galápagos do Homem Pobre”. Neste santuário da vida selvagem vivem pássaros e mamíferos de diferentes famílias.
Paracas
Paracas é a capital do distrito de Paracas, região de Ica, no Peru. Cidade portuária, antiga vila de pescadores e que foi alavancada pelo turismo de passeios a Islas Ballestas e Parque Nacional de Paracas. A principal rua é a El Chaco, onde estão agências de turismo, mercado, lojinhas, restaurantes e lavanderias. Junto a El Chaco está o calçadão com grande concentração de restaurantes e bares servindo principalmente frutos do mar e ceviche, neste trecho tudo é mais caro, mas você vai estar apreciando o Oceano Pacífico.
Um lugar tão desértico como pode ter uma vida selvagem tão intensa? A Corrente de Humboldt nasce na Antártica e chega até aqui trazendo uma infinidade de cardumes e crustáceos que vão alimentar os habitantes das Islas Ballestas.
População de Pisco – 54.000 habitantes (2.005)
População Paracas – 6.000 habitantes
Distância Paracas a Pisco – 20km.
Distância Ica a Pisco – 66km.,
Distância de Lima a Paracas – 250km.,
Distância Cusco a Pisco – 878km.
Como chegar
Ônibus saindo de Ica – 66km., tempo de viagem 1h., os ônibus não são confortáveis.
Ônibus saindo de Lima – 250km., 4h. de viagem, os melhores ônibus e horários são da Cruz del Sur e Oltursa, o bilhete custa U$9,8 (S/35)
Cusco a Pisco – 17h. em ônibus
Carro– saindo de Lima, transitar pela Rodovia Panamericana no km. 245, hpa uma placa indicando Paracas a esquerda e Pisco a direita.
Quando ir.
Os melhores meses vão de janeiro até abril, são dias mais quentes, ensolarados e grande atividades das aves e leões marinhos tomando sol nas rochas.
O que fazer
Islas Ballestas
O arquipélago é visitado a partir do Porto de Paracas em Pisco, o conjunto de ilhas só pode ser acessado por barco.
A primeira visita é a observação do geoglifo chamado de “candelabro”, figura com 180m. de largura esculpida em uma colina de areia há 2.500 anos. Até hoje não se sabe ao certo qual a intenção dessa obra, talvez tenha sido feito pela civilização Paracas ou pelo povo de Nasca.
Nas ilhas não é possível desembarcar para não interferir na fauna e por conta da grande quantidade de peixes presentes nas águas frias da corrente de Humboldt. As ilhas Ballestas constituem uma verdadeira reserva natural de animais e uma quantidade de pássaros dignos de um filme de Alfred Hitchcock, zarcillo é a ave símbolo de Paracas e dependendo da época é possível encontrar pingüins Humboldt, piquero peruano, vuelve piedras, gaivotas, flamingos, choro de doble colar, cormorones, pelicanos, , incluindo pelicanos, gansos peruanos, andorinhas-do-mar, flamingos chilenos, leões marinhos, golfinhos (mais raros). Nas Ilhas Ballestas vivem cerca de 7 milhões de aves marinhas, e no oceano mais de 180 tipos de peixes e 10 espécies de golfinhos.
Os barcos circulam a uma boa distância para que o turista possa observar, fotografar e filmar incluindo os sons que eles emitem. A concentração de guano (excremento exportado como adubo devido ao alto teor de nitrogênio e fosfato ajudou na economia do Peru na década de 70), as ilhotas ficam manchadas de branco e dependendo do lado em que o vento sopra o cheiro é bem forte.
Bizu – para fazer boas fotos o melhor é sentar-se no lado esquerdo do barco e se tiver enjoo previna-se com um remédio, o mar é agitado. Não vá sem um chapéu ou boné, os pássaros podem acertar você com uma rajada de guano. No barco venta muito e faz frio. Eles oferecem o passeio em barco melhor, com cobertura, mas no embarque colocam no barco que tem vaga.
Local de partida – Cais El Chaco
Investimento – U$10 – S/40 – inclui: bilhete de embarque, guia, colete salva vidas.
Horário de saída – 8h. e 10h.
Tempo do passeio – 2 a 3h., vai depender de como vai estar o mar.
Taxa de ingresso ao cais – adulto S/16, 5 a 16 anos S/8, pagar no cais.
Reserva Nacional de Paracas
A Reserva Nacional de Paracas é uma área de proteção ambiental, do ecossistema marinho e deserto para sua conservação e uso sustentável, as áreas naturais protegidas mostram os ecossistemas marinho-costeiros do Peru. Sua extensão abrange terra firme, grande parte do deserto de Paracas, ilhas e mar. Além da grande diversidade biológica ali protegida, também pode-se apreciar diversos sítios arqueológicos da cultura pré-inca Paracas que se assentou em grande parte da reserva. Paracas quer dizer “chuva de areia” em quéchua.
Playa Hoja
Possui areia avermelhada devido a presença de minerais no local. Na região as praias não parecem muito balneáveis, possuem muitas pedras e não são limpas.
Catedral
Formação rochosa dentro do Oceano Indico, deve ter aproximadamente 30 a 34 milhões de anos, muito fotografada em cartões postais, ali entre as rochas vivem alguns zarcillos, ave símbolo de Paracas. Infelizmente a Catedral teve parte de sua estrutura destruída pelo terremoto de 2007.
Lagunilla (Yumaque)
Baía de Lagunillas, também chamada de Ensenada de Lagunillas, está dentro da Reserva Nacional de Paracas, é uma pequena enseada no Oceano Pacífico, na costa de Pisco, possui colônia de pescadores e restaurantes, local de parada para almoço para quem faz o passeio da Reserva Nacional de Paracas.
Investimento – U$40 (S/144), esse é um preço se comprado o passeio pela internet, no próprio hotel o turista consegue preços bem melhores.
Museu de Sitio Julio C. Tello
Julio C. Tello foi o “Pai da Arqueologia Peruana”. O local abriga cerca de 120 peças entre cerâmicas, tecidos e utensílios da cultura do povo Paracas. Uma tumba em forma caverna recria as moradias feitas de varas e forcados de huarango, além de restos humanos de coletores e pescadores que datam de 6.500 a.C.
Localização– Rodovia Pisco-Puerto San Martín km 27, Reserva Nacional de Paracas
Distância de Paracas – 5km.
Horário – terça a domingo, das 9h às 17h.
Investimento – U$2 (S/7,5), estudantes S/10, universitários S/4
Ficar em Pisco ou Paracas?
Bizu – Você pode se hospedar em Pisco que é mais barato, mas não tão seguro ou Paracas que já vai estar perto do El Chaco, local de saída dos barcos para Islas Ballestas e melhores restaurantes.
Brisa Marina (PARACAS)
Local bastante simples, muito limpo, quarto com roupa de cama e banho bem limpa, chuveiro bom, não tinha ventilador, quando trouxeram era minúsculo, pedimos um maior e fomos atendidos. Como no site estava “centro” achamos que era junto a rua principal, mas para chegar ao local é necessário atravessar um trecho de terra, o que não nos incomodou. A administração é familiar, atendimento é bem gentil, providenciaram tours e táxi para o terminal rodoviário. O café da manhã é em local improvisado e muito, muito simples, precisamos passar em uma cafeteria para completar nosso café da manhã, esse item foi o que mais nos incomodou.
Localização – Asociacion Jose de San Martin M “k” Lt.7,
Investimento/dia – U$30 (S/108), quarto triplo
Onde comer em Paracas
O que não falta em Paracas são restaurantes no calçadão da praia, junto a lojas de souvenires, lanchonetes, cafés tanto na rua principal como na sua paralela. Os garçons ficam na calçada insistindo em chamar os clientes, mostrando cardápio e explicando os pratos.
Restaurante Sol de Paracas – $$
Mesas externas, lugar agradável, comida saborosa, atendimento atencioso. Servem almoço, jantar, brunch, drinks.
Especialidade – comida peruana, frutos do mar, gastronomia fusion.
Arena Café
Como o café da manhã no Brisa Marina era muito fraco, passamos a complementar no Arena Café e também o lanche da noite. com um preço médio de U$21,00 – S/76,00 para 3 pessoas.
O local é limpo, agradável, mas vá sem pressa, o serviço é muito demorado. Tem uma boa variedade de composições com café e os lanches são bons.
Localização – Av. San Martin 11
Horário – todos os dias das 7h. às 22h.
O relato abaixo faz parte de nossa 1a. visita a região, alguns locais podem ter sofrido modificações.
PISCO
Hostal Tambo Colorado (PISCO)
Ficamos aqui em nossa primeira viagem, por não achar seguro, na segunda vez ficamos em Paracas e indicamos.
Ótima localização, wi-fi, quartos limpos, TV, banheiro privativo, chuveiro com água quente, ventilador, cozinha compartilhada, balcão de turismo, pagamento na chegada.
Localização – Avenida Bolognesi 159.
Cuidados – Na parte litorânea o cuidado com golpes deve ser considerado, em todos os lugares os próprios donos dos hotéis e lojas fazem alertas com o cuidado que o turista deve ter com dinheiro, bolsa, equipamento fotográfico. A gerente do Tambo Colorado nos alertou para não nos afastarmos do perímetro da Plaza de Armas, não era seguro.
Onde comer em Pisco
Restaurante El Dorado
Localização – em frente a Plaza de Armas (nosso limite de segurança!).
Diário de Bordo – Tem bastante opção de restaurantes, inclusive chineses, o que nos pareceu mais limpo foi o El Dorado, em frente a Plaza de Armas Pedimos um “menu criollo” , sopa como entrada, um segundo prato à base de carne e um refrigerante.
Cafeteria San Francisco
Localização – em frente a Plaza de Armas.
Ao lado do hotel, local limpo, várias opções, bom atendimento, servem também um almoço básico e jantar.
Nosso .passeio em Pisco
Em minha primeira viagem não perguntamos como seria nosso barco e infelizmente a Agência Sea Lion Tours não foi a melhor escolha, pegamos o barco mais lento do porto. Enquanto outras agências tinham barcos leves, rápidos e com poucas pessoas, o nosso parecia um velho barco de pescadores. A única vantagem é que como estava muito frio, nosso barco tinha cobertura e sendo lento, não ventava muito. Chegamos ao “Candelabro” às 8h.50, depois fomos percorrer as Islas Balestras, o guia não era bom, nos forneceu poucas informações que ficaram abafadas pelo barulho infernal do motor do barco. Às 11h.30 voltamos para o Porto de Paracas. Já na atual viagem nos programamos melhor.
CHINCHA
Chincha é uma cidade já bem perto de Lima, reduto de antigas colonizações de negros que foram trazidos pelos espanhóis para trabalhar em cultura de algodão, ainda hoje é sua principal cultura.
Distância Pisco Chincha – 47km.
Como chegar a partir de Pisco
Ônibus – a Perubus faz o trajeto 2 vezes ao dia.
Táxi – preço a combinar
O que fazer em Chincha
O relato abaixo se refere a nossa primeira viagem, já em nossa segunda viagem não achei interessante repetir esse roteiro.
Os taxistas farejam de longe os turistas, pediram S$100,00 (U$28) para fazer o tour pelas duas localidades, desistimos do táxi, não do passeio! Fomos perguntando…e na feira havia algumas vans que iam até a Fazenda San Jose e El Carmen. Conclusão: Van S/18 (U$55), para duaspessoas.
Hacienda São José
Localização – Carretera Pnamericana Sur – km. 203.
Distância de Chincha – 26km.
A casa é de 1.648, antigo convento, posteriormente veio a pertencer a um rico espanhol, atualmente funciona como local de turismo e hotel. Tudo muito bem conservado, quartos mantendo as mesmas características, pisos originais, mobiliário antigo posterior à época da ocupação espanhola, somente uma piscina camuflada pela folhagem foge às características do local, na varanda funciona um restaurante, nos finais se semana há apresentação de música e folclore negro. O tour percorre antigas catacumbas no sub solo da sede, capela, sala de castigo e pátios.
Horário – das 9h. às 13h. e das 14h. às 17h.
El Carmen
Distância Chincha a El Carmen – 12km.
El Carmen remonta ao século XVII, quando os jesuítas começaram a se estabelecer na área e a escravidão negra foi instituída para trabalhar nas culturas de açúcar e algodão. Após a abolição da escravatura, as famílias permaneceram na cidade de El Carmen, mantendo a cultura e a tradição negra no país. Carmen não perdeu sua identidade afro-peruana, mantém a comida, dança e música. Um lado diferente das ruinas e incas do Peru.
Mercado Central
Local interessante e típico, mas só vá se tiver estômago muito bom, a visão e o cheiro são fortes.
Onde ficar em Chincha
Hotel Oásis (não gostei)
Diário de Bordo – Ao redor da Plaza de Armas não vimos nenhum hotel, desta vez a coisa parecia mais complicada: dois localizados em becos com frequência estranha, o terceiro muito caro, o quarto o dono não nos deu muita atenção e não permitiu olhar o quarto antes. Conversamos com um vendedor de jornal que nos indicou o Hostal Oásis, quatro quadras do centro, lado oposto aos hotéis do beco, a decoração mais parecia um motel, espelho imenso na parede, colcha de cetim, quarto limpo, com toalhas, TV, mas a tão esperada água quente no chuveiro deixou a desejar, reclamei mas nada foi feito!
Onde comer em Chincha Alta
Restaurante Mi Casita em Chincha
Localização – Manco Capac, 122
Escolhemos os pratos e como tínhamos deixado o cloro em gotas no hotel e não havia água engarrafada pedimos uma coca-cola, acredito que não foi simpático este último pedido, todos ficaram olhando, cara de espanto!
CHINCHA x LIMA
Depois de tomarmos o café da manhã fomos andando até o terminal de ônibus, compramos 2 bilhetes por S/60 (U$16), saída de Chincha 9h., tempo de viagem até Lima,3h.
Diário de bordo – Ao embarcarmos no Porto de Paracas percebemos que nossa opção pelo Sea Lion Tours não foi a melhor, era o barco mais lento do porto. Enquanto outras agências tinham barcos leves, rápidos e com poucas pessoas, o nosso parecia um velho barco de pescadores. A única vantagem é que como estava muito frio, nosso barco tinha cobertura e sendo lento, não ventava muito. Chegamos ao “Candelabro” às 8h.50, depois fomos percorrer as Islas Balestras, o guia não era bom, nos forneceu poucas informações que ficaram abafadas pelo barulho infernal do motor do barco. Às 11h.30 voltamos para o Porto de Paracas. Já havia um ônibus esperando pelos turistas, o guia alucinado nem deu tempo para irmos ao banheiro ou mesmo comprar água. Chegamos a Reserva de Paracas às 12h., antes de entrar há uma parada no museu, rapidamente e sempre olhando no relógio o guia nos deu meia hora para a visita e uso do banheiro. Partimos em estrada asfalta, depois por um trecho de areia, até chegar na Catedral. Depois passamos por Yumaque, Playa Hoja e Lagunilla para o almoço, o guia indicou um restaurante que não gostamos, como tinha referências do Restaurante Tia Felá optamos por ele. Ótimo! A Paula foi de ceviche e cerveja cusqueña, escolhi um chicharron, anéis de polvo envolto em massa crocante, total S/90 (U$25). Voltamos para o hotel, pensei em reclamar sobre o guia e o barco, mas a agência já estava fechada, depois, pensando melhor achei melhor não reclamar, não iria adiantar nada mesmo! À noite tomamos um lanche na Cafeteria San Franciso, fomos para o hotel .