NICARÁGUA

NICARAGUÁ
A cidade de fronteira é Peñas Blancas, abre às 06h. e fecha às 22h, caso esteja nesse local não atravesse a fronteira a noite, o ambiente não é seguro. A travessia da fronteira é feita a pé e do outro lado, se já for muito tarde o melhor é encontrar um táxi ou van já na fronteira que leve até um local para dormir em Rivas. Valor provável U$4 pelo formulário e U$10 pelo carimbo de entrada, não existe tabela fixa, pode ser que o recibo saia com um valor menor, mas nem tem como reclamar. Até a fronteira nem sempre o trajeto será em um único ônibus ou van, geralmente as agências fazem o transporte em etapas. A distância entre as formalidades de saída da Costa Rica e o serviço de imigração da Nicarágua é cerca de 1km. Para roteiro aéreo São Paulo x Manágua (8hs.) pela Copa Airlines, escala no Panamá ou pela American Airlines São Paulo x Miami (8h.), depois Miami x Manágua (2h1/2)

Área – 276km2.

Para chegar a Ometepe vindo de qualquer parte a referência é a cidade de Rivas, não é difícil chegar, mas requer paciência e atenção. De Rivas até o porto de San Jorge o trajeto de 20’ poderá ser feito em táxi coletivo U$1 p/ pax, dependendo do número de pessoas. Os taxistas se encontram nos terminais de ônibus para negociar preços, tome cuidado com o câmbio, os taxistas recebem em U$ e devolvem o troco na moeda local e nem sempre são justos com o troco. Com sorte poderá pegar algum ônibus, vai sair mais barato, mas verifique se o tempo de espera vale a pena, os ônibus não possuem identificação de destino, certifique-se se está tomando o ônibus correto para o porto de San Jorge de onde saem os barcos para a Isla de Ometepe com destino ao Porto de Moyogalpa. Os ferry boats saem de 1 em 1 hora a partir das 7h.30, porém o das 10h.30 é mais caro.
Fomos de San Jorge em táxi até o Terminal de Barcos para a Isla de Ometepe, durante o trajeto já se pode observar de perto o imenso lago, inclusive com pequenas ondas. Perto do Terminal de Barcos o lago forma uma vasta praia de areia, bastante frequentada pelos nicaraguenses, o que nos causou estranheza é que eles entram vestidos na água, principalmente as mulheres, não usam roupas de banho.

Neste local todo o cuidado é pouco, a pessoa que vende o bilhete para o barco procura confundir o turista, volta troco errado, dinheiro manchado, fez isso comigo e quando tentei trocar ainda com a nota manchada em mãos ele disse que não iria trocar, não foi ele que havia dado aquele dinheiro e logo já fez sinal para um segurança que apareceu com ar ameaçador, éramos três mulheres, portanto, nada a fazer. Enfim, não dá para confiar.
Chegue cedo para se acomodar na parte de cima do barco, não tem fila, em baixo é bastante abafado, mesmo tendo conseguido sentar na parte superior o calor era de 42ºC. Tem uma pequena cantina dentro do barco e um banheiro que se você for magro poderá tentar entrar. Ao desembarcar, para quem for ficar hospedado em Moyogalpa não é necessário tomar táxi, tudo é muito perto.
MOYOGALPA
Nome de origem náhuatl que significa “lugar de mosquitos”.
Extensão – 63km2.População – 10.500 habitantes.
Vila principal e o local mais conhecido, supermercado, bares, agências de turismo, mas dá para conhecer a ilha sem agência, é só alugar um quadriciclo, moto ou scooter. A rua principal é cheia de lombadas, se estiver com uma scooter via sentir vários solavancos na subida da rua principal. Moyogalpa é o único lugar com caixa eletrônico na ilha. Durante o percurso em barco o vulcão Concepción (1.610mt.) se mostra imponente, mas sempre com uma coroa de nuvens em seu pico.
Ao descermos do barco o assédio de sempre, como em todos os outros lugares tivemos de nos desvencilhar dos “guias”. Tinhamos alguma informação sobre o Hostelito Ali e resolvemos nos hospedar ali, hotéis melhores ficam do outro lado da ilha, bem mais distante.
Estrutura em madeira, café da manhã não incluído, o café continental vendido ali é bastante fraco: 2 fatias de pão de forma, manteiga (equivalente a 1 colher de café), geléia de qualidade ruim e suco, mesmo para um local de poucos recursos como Moyogalpa poderia ser melhor.
Hostelito Ali – distante 150m. do Porto de Moyogalpa, na rua principal.
O atendimento não é cortes, chega a ser desconfortável, estão sempre desconfiados, inclusive ocorreu um fato desagradável, quando estávamos saindo a esposa do Sr. Moisés correu para perguntar ao filho se havia conferido se não estávamos levando as toalhas de banho. Na frente do hostel há uma locadora de moto e scooter que pertence à família Moises, junto está a recepção, mesas para o café da manhã e no fundo os quartos, não tem isolamento ouve-se absolutamente tudo o que se passa no quarto vizinho, estávamos em quarto triplo, 2 camas tinham colchões razoáveis, mas a terceira cama o colchão afundou assim que deitei, roupa de cama limpa, o teto é baixo e fica muito abafado apesar do ar condicionado que é cobrado a parte, ficamos em quarto com banheiro. Organizam excursões, internet razoável.
Para melhor aproveitar o curto período na ilha alugamos duas scooter, não é necessário mais do que 2 dias para conhecer os pontos mais interessantes da ilha.
Punta Jesus Maria – península de origem vulcânica
Praia tranquila de areias escuras onde há uma estreita faixa que se estende por quase 1 km dentro do Lago Nicarágua. O local é muito visitado nos finais de semana pelos moradores. São 2km. ao sul de Moyogalpa, o caminho é muito agradável, com árvores formando um túnel verde e ao chegar na ponta da península é possível ver os vulcões Concepción e Maderas. É a praia mais perto de Moyogalpa, ao sul. O por do sol é espetacular, as variações de cores são rápidas e constantes. O nome Punta Jesus Maria teve origem na observação de que quando você anda a poucos metros alem da linha de areia, parece que está andando sobre a água, assim como Jesus Cristo (essa é a explicação dos moradores).

Pedi uma pasta ao sugo com azeitonas pretas, nada a reclamar, não estava estupendo, mas bem feito, temos de levar em conta que Moyogalpa apesar de ser um local turístico não é uma comunidade rica e os donos de restaurantes se esforçam para apresentar o que tem de melhor. Já a hospedagem como não tem muita concorrência, não se pode falar o mesmo.

Reserva Natural Privada Ojo de Agua
Confesso que ao chegar não me animei muito, a água parecia turva, o pessoal da limpeza estava terminando o serviço. Também não me agradou muito ter de pagar U$3 pelo ingresso quando havia uma placa indicando U$2. A reserva fica no istmo que une os dois vulcões, são 2 piscinas com pisos de pedras com até 2mt. de profundidade, a água é corrente e depois ficou muito limpa e morna, a água vem do subterrâneo. Ao redor um bosque cerca toda a área dando sombra para mesas e cadeiras ao redor das piscinas, o ideal é chegar bem cedo para melhor aproveitar e evitar os finais de semana que fica muito lotado. Os banheiros para troca de roupas são bem rudimentares. Tem restaurante no local, mas nem chegamos a utilizar, em determinado momento os mosquitos começaram a incomodar apesar do repelente. Entrei na piscina menor que me pareceu mais morna e ficamos boa parte da manhã ali, tudo muito tranqüilo. Decidimos voltar para o hotel, apanhar nossas mochilas e seguir viagem para Granada.

Fizemos a volta com barco até San Jorge, fui prestando atenção nos detalhes da falta de segurança no barco, por exemplo: são raros os coletes salva vidas e eles estão amarrados de tal forma no teto que se alguém precisar dificilmente vai conseguir tirar algum deles dali, o barco é um pesqueiro adaptado, no seu fundo foram colocados bancos de madeira e abertas janelas para ventilação. Já no porto fizemos os cálculos de que seria melhor pagar um táxi até Granada, estávamos em 3 pessoas, pagamos U$10 cada. Foi mais tranqüilo e rápido e o táxi nos deixou no centro da cidade.
Considerada um dos 25 lugares no mundo que não se deve deixar de visitar.
Granada é apaixonante, amor à primeira vista. A arquitetura colonial e neoclássica está muito bem conservada em todo centro histórico. Há um calçadão no centro para pedestres e à tardinha são colocadas mesas nas ruas para comer, beber, observar o tempo passar. O clima é mais ameno, há ótimos restaurantes.
Hospedamos-nos no Hotel La Pérgola, um casarão do século XIX, todo restaurado, bem localizado está a 100mt. do centro “La Calzada”, 3 ótimas camas, ar condicionado, banheiro privativo, café da manhã básico e há um cardápio com complementos à parte, varanda para o pátio com piscina, wi fi. Não tem estacionamento.
Hotel La Pérgola
Quarto triplo U$32 p/p
Calle El Caminito, esquina – fone 505 2552 4221

Saímos do hotel e fomos até a área turística, um calçadão chamado La Calzada, almoçamos no Mely’s Bar e Restaurante, são três ambientes, demos preferência para a área externa que lembra muito os pátios do sul da Espanha. O cardápio agrega carnes, pastas, tortillas e lanches. Uma delícia.


O que ver em Granada
Está instalado sobre um retângulo ajardinado onde também está a catedral pintada de amarelo que se sobressai com os raios de sol. Na praça estão carruagens que fazem tour pela cidade mostrando a arquitetura. Por ser um local de grande concentração de turistas os guias estão o tempo todo oferecendo passeios e como a concorrência é grande muitas vezes chegam a incomodar, são muito insistentes.
A praça é linda, mas cuidado com seus pertences, ao entardecer em frente à catedral as árvores ficam repletas de pássaros se acomodando nas copas das árvores, um lindo espetáculo. A vida noturna aparentemente agitada morre após as 23h. e segundo os moradores não é aconselhável caminhar pela rua depois desse horário, inclusive e principalmente na praça.
La Calzada
A partir do Parque Central começa La Calzada, vedados aos carros acomodam mesas nas calçadas na parte externa dos bares e restaurantes. O passeio tem aproximadamente 1,5km. e é o local de maior concentração de turistas ao final da tarde, bastante agradável, eventualmente aparecem grupos folclóricos se apresentando. Termina no Lago Cocibolca.


Iglesia de Xalteva– Calle Real Xalteva.
Construída no bairro indígena de Xalteva, durante a colonização espanhola foi utilizada como fortaleza militar, sua fachada e interior foram reconstruídos após guerra e terremoto, devido a estas interferências pouco resta da arquitetura original.
Centro Cultural Antigo Convento de São Francisco – Calle Cervantes.
Ocupa ainda o mesmo local de sua fundação, mas com uma arquitetura diferente daquela que foi destruída em 1856 por um incêndio. Atualmente o convento foi restaurado e funciona como centro cultural e auditório. As salas de exposição de artesanato e pintura são bastante interessantes, se possível faça a visita com um guia. O pátio interno é bem agradável para alguns momentos de reflexão.

Hospital San Juan de Dios.
A pesar de estar em ruínas sua monumental fachada em estilo neoclássico dá uma ideia da beleza arquitetônica do prédio originalmente. Foi o primeiro hospital construído em Granada, após passar por um incêndio foi abandonado. A recuperação foi descartada por este local estar entre os mitos de Granada, dizem que ali ocorrem aparições estranhas. Ao entardecer o sol se põem atrás do edifício deixando o ambiente muito triste, até a árvore de chilamate se ressente e está morrendo.

Tour nas Ilhas Vulcânicas – Os pequenos barcos fazem um passeio cênico no Lago Nicarágua, passando pelo grupo de 350 pequenas ilhas, que se formaram depois da erupção do vulcão Mombacho. No final da Calle La Calzada ficam os barqueiros oferecendo serviço, o passeio de duas horas pode custar no máximo U$40 para duas pessoas. Em cada ilha tem uma casa diferente, todas habitadas, inclusive uma só de macacos que chegam a saltar dentro do barco.
A cidade é muito limpa e aconchegante, diferentemente de Ometepe, aqui a população está preparada para receber o turista. Voltamos ao Mely’s e agora sentamos em mesas fora do bar para apreciar o movimento das pessoas e tomar uma bebida, aqui também o assédio dos ambulantes incomoda um pouco. Voltamos ao hotel e fomos para a piscina, assim terminou nosso dia em Granada.
21 de Abril – terça-feira
Levantamos e fomos tomar o café da manhã oferecido pelo hotel: café ou suco, 2 tostadas, manteiga, geleia, Pedi um adicional U$4,50: tigela com mamão, banana, melancia, granola e iogurte.
Deixamos o hotel em direção ao mercado municipal, procuro sempre conhecer os mercados dos locais por onde passo, ali se conhece muita coisa de cada povo. Poucos turistas transitavam ali e quando parávamos para observar alguma coisa já avisavam que não queriam fotos.
O local é grande e organizado por setores, mas não é um local com asseio, o setor mais interessante é o de gêneros alimentícios e condimentos. Após percorrermos o mercado descemos até a praça central para visitar umas barracas de artesanato e comprar algumas lembranças. Seguimos então para o hotel a fim de tomar um banho, arrumar as mochilas e seguir para o terminal de ônibus que nos levaria até Manágua, distante 45km. de Granada.
O calor estava muito forte, mudamos os planos e resolvemos tomar um táxi até Manágua e desistir do ônibus. No caminho o motorista nos alertou sobre a precária segurança em Manágua, o local segundo ele, está infestado de traficantes, nos aconselhou não sair à noite. Desembarcamos no terminal da Tica Bus, não havia mais ônibus para Manágua neste dia, teríamos que esperar a manhã do dia seguinte. Um taxista se ofereceu para nos levar até outro local, onde segundo ele, havia uma empresa que transita com ônibus noturno, recusamos na hora. Compramos nossa passagem para o dia seguinte, o que foi uma sorte porque o ônibus foi lotado e se tivéssemos tentado comprar na hora talvez não fosse possível encontrar assentos. O terminal da Tica Bus fica bem retirado do centro de Manágua, mas a empresa tem um hotel bem razoável anexo ao terminal.
Hotel Tica Bus
Instalamos-nos em um quarto triplo, camas confortáveis, TV a cabo, ar condicionado, wi-fi só funcionava na área comum, segurança 24h., ao lado dos guichês de venda de passagens há uma lanchonete que serve prato feito.
Lanchonete Tica Bus
No jantar não estava com fome, fui até a lanchonete.
Lá fomos nós pela madrugada, primeira parada do ônibus na fronteira para pagamento de taxa
Na parada de fronteira entre os dois países há um duty free, com alguns chocolates e coisas bem simples, além de comida de rua e segurança armada intimidadora, após todos descerem do ônibus os policias entram com os cães que vão pisando por todos os bancos e revirando tudo, fazem o mesmo no bagageiro das malas.
ÁLBUM DE FOTOS
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Puerto San Jorge (embarque para Ilha Ometepe) |
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Por do Sol – Ilha Ometepe |
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Restaurante La Galeria – Moyogalpa |
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Ojo de Agua – Ilha Ometepe |
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Lago Nicarágua |
GRANADA
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Hotel La Pérgola |
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Hotel La Pérgola |