Revisado em 2020 – valores informados podem sofrer alterações
VENEZA – Murano, Burano, Torcello e Lido
VENEZA
Veneza (Venezia, em italiano) – cidade da região do Vêneto, nordeste da Itália. Conhecida como a Rainha do Adriático é a cidade dos canais e palácios góticos, renascentistas, barrocos, descorados e úmidos. Construída sobre mais de 100 ilhas em uma lagoa no Mar Adriático se tornou uma das maiores potências marítimas da Idade Média, além de um importante centro de intercâmbio comercial e cultural com o Oriente. A cidade não tem estradas, apenas canais.
População – 261.905 habitantes (2017).
Quando ir – o melhor período é o verão, quente durante o dia e fresco a noite. O inverno é frio com temperaturas média de 10ºC e até menos. Outono os dias vão estar nublados e na Primavera além de nublado chove muito.
Quanto tempo ficar – Veneza pode ser visitada de 3 a 4 dias.

Como chegar
AVIÃO
Partindo do Brasil não há voo direto, é necessário fazer escala em algum local da Europa: Roma, Paris, Amsterdam, Lisboa. Estando em um país da Europa há companhias low cost: Vueling, Ryanair, Easyjet.
Aeroporto Marco Polo – está a 8km. de Veneza, para ir deste aeroporto até o centro de Veneza utilize ônibus da ATVO mais confortável por 8€ ou o ACTV mais simples por 2€, os barcos Alilaguna também são uma opção por 13€, mas só vale a pena se parar próximo ao seu hotel.
Aeroporto Treviso – está a 40km. de Veneza é bastante usado pelas companhias low cost. Para ir até Veneza os ônibus ATVO custam 5€ ou a linha 1 da Barsi Bus Service 7€, outra alternativa é tomar o ônibus n.6 que vai até a estação ferroviária e nela pegar um trem para Veneza.
TREM
Como chegar de trem a partir de Florença.
O tempo médio de viagem entre Florença e Veneza é de 2h. A rota mais rápida leva 1h51 minutos. O primeiro trem parte de Florença às 08:30, e o último às 21:30. Por dia, circulam em média 17 trens entre Florença e Veneza, saindo aproximadamente a cada 1h.16 minutos.
Estação de partida: Firenze Santa Maria Novelle (Piazza della Stazione).
Estação de chegada: Venezia Santa Lucia (Fondamenta Santa Lucia)
Há uma parada em Venezia Mestre (Piazzale Pietro Favretti).
Confirme horários, valores e compre antecipado – https://raileurope.com.br
Não se esqueça de validar seu bilhete ANTES de subir no trem.
Atenção ao descer do trem. “Venezia Mestre” é uma estação antes da sua parada em “Venezia Santa Lucia”.
A Stazzione Venezia Santa Lucia é uma das mais movimentadas da Europa, circulam ali mais de 80 mil passageiros por dia, que chegam e saem dos 450 trens diários que vão desde os regionais até os internacionais de alta velocidade (Frecciargento e Italo).
Trem saindo de:
Verona – 1,10h a 2,5h.
Milão – 2,5 a 3,5h
Florença – 2,3 a 3,5h
Roma – trens noturnos fazem o trajeto em 7h.
Informações sobre a cidade
Horário comercial – de segunda a sábado das 8h.30 às 12h.30 e de 15h.30 às 19h.30h.
Passes de desconto – na maioria das vezes só vale a pena se for ficar vários dias.
Chorus Pass – entrada sem fila para 16 igrejas da cidade. 12€.
Venice Card – acesso as atrações sem precisar entrar na fila, acesso ilimitado nos vaporettos. Preços a partir de 59€, com duração de 24 a 72 horas.
Rolling Venice Card – cartão com descontos para atrações e transportes, válido apenas para jovens entre 14 e 29 anos. 6€.
Como se locomover
Caminhando – o trajeto da cidade é bastante irregular e confuso, ruas mal sinalizadas e canais que não acabam mais. Além disso, a numeração segue uma ordem sem lógica, o melhor é usar o bom senso ou ir perguntando, muitas vezes é melhor esquecer o mapa e seguir as placas amarelas das casas ou seguir o fluxo. Veneza é interessante para ser percorrida a pé.
Vaporetto – embarcação aquática que faz às vezes de ônibus. Peça um mapa com rotas no setor de turismo na estação de trens. Os vaporettos funcionam das 4h.30 às 0h.30, os bilhetes podem ser comprados pelo número de horas a ser utilizado: 60’(7€), 12h.(18 €), 24h.(20€) , 36h.(25€) , 48h.(30€), 72h.(35 €) e 7 dias(50€). Os bilhetes devem ser validados a cada embarque. Para quem viaja com bagagem é cobrada uma taxa extra por volume.
Ao sair da estação de trens a primeira visão é do Grand Canal, e à esquerda o cais flutuante para acesso ao vaporetto.
Táxi aquático – são caros, só compensa se você estiver em grupo.
Gôndola – modo chique, romântico, caro e famoso de se embrenhar pelos canais de Veneza, com opções de roteiros que podem ir de 80€ a 100€
O QUE VER EM VENEZA
RIALTO
A ponte mais conhecida de Veneza, foi construída entre 1588 e 1591 para substituir a duas outras de madeira que tinham ruído e incendiada em 1514. Sua estrutura é composta de duas rampas inclinadas unidas por um pórtico central. Rialto faz ligação dos distritos de San Marco e San Polo onde acontece todos os dias o Mercado Rialto. Transitável o tempo todo, fotos clássicas são tiradas ali.
MERCADO DE RIALTO
O mercado existe nesse local desde 1097, a maioria dos prédios são do século XVI, os antigos edifícios foram destruídos no incêndio de 1514. O nome Rialto origina-se da palavra “Rivoalturs” que significa local alto, livre de inundações. O local é recortado por ruelas que recebem nome dos grêmios que estavam ali instalados anos atrás. São bancas e mais bancas com peixes, frutas, vegetais, especiarias, lembranças e souvenires. No centro de tudo isso está a Igreja San Giacomo de Rialto.
Localização – Depois de atravessar a ponte Rialto, do lado San Polo no Campo da Pescaria.
Como chegar com vaporetto: Rialto, linhas 1, 2 e N.
Horário – todos os dias das 9h. às 12h.
Chiesa di San Giacomo di Rialto
Igreja de São Giacomo, fundada possivelmente em 421, foi a primeira igreja de Veneza. Acredita-se que foi construída por um carpinteiro devoto a São Giacomo que se salvou de um incêndio de grandes proporções. A igreja já passou por várias reconstruções, mas sempre mantendo suas características arquitetônicas, na sua torre há um imenso relógio que funciona, mas nunca marca corretamente as horas. Como ela é muito pequena costuma ser chamada pelos locais de San Giacometto (diminutivo de Giacomo). Na igreja está um pequeno museu de instrumentos medievais de cordas. Nos jogos eletrônicos (videojogo), ela aparece na saga “Assassin’s Creed”.
Horário – de segunda a sábado das 9h. às 17h.
Piazza di San Marco
Construída no século IX possui 180m. de comprimento por 70m. de largura. A praça é um enorme pátio que comporta a Basílica de San Marco e o Palazzo Ducalle, além do Museo Correr, Torre dell’Orologio e Campanille (no alto a visão é panorâmica), é a única Piazza de Veneza, já que as outras pelo seu menor porte são chamadas de Piazzales ou Campos. Por ser o local mais baixo da cidade, quando as águas sobem a praça fica inundada e são colocadas passarelas para os pedestres transitarem. No balcão superior da Torre do Relógio, em estilo renascentista estão dois mouros em bronze que anunciam as horas e imperdível é observar que durante a Epifania e Ascensão saem a cada hora um anjo que precede a passagem dos Reis Magos. Napoleão Bonaparte rotulou a praça como “O salão mais bonito da Europa”.
Na entrada do canal estão as Colunas de San Marco e San Teodoro construídas em 1172 era onde se faziam execuções públicas.
Proibido – comer, beber, deixar lixo e alimentar os pombos, aliás os pombos fazem parte da tradição da praça, mas muitas vezes podem ser um pouquinho inconvenientes.
A noite a praça fica animada e os cafés oferecem música ao vivo além de um preço alto. O Café Florian foi fundado em 1720 e oferece música ao vivo há mais de 100 anos, a consumação mais barata, mesmo para um simples cafezinho vai custar 10€.
Como chegar de vaporetto – San Zaccaria ou San Marco, linhas 1, 2, 41, 42, 51, 52, N e LN.
Basílica di San Marco
Símbolo maior da influência do poder marítimo e comercial. Seu exterior é um patrimônio arquitetônico com domos, arcos e mosaicos muitos deles adornados com ouro. Sua construção teve início em 828 para abrigar o corpo de San Marco trazido da Alexandria, sofreu várias interferências permanecendo a arquitetura básica do século XI, se tornou catedral em 1807. Ainda na fachada estão coleções de mosaicos, como “A Chegada do Corpo de San Marco”. Seu interior apresenta planta de cruz latina com cinco cúpulas, 500 colunas do século III e mais de 4.000m2 de mosaicos alguns ainda do século XIII (mosaico da cúpula da Ascensão), que representam cenas do Novo Testamento. Sob o altar principal, sustentado por 4 colunas de alabastro está a urna com o corpo de San Marco.
A visita é cansativa, o trajeto é pré-determinado e é preciso manter-se em fila. O melhor é chegar bem cedo, antes dos que ela seja invadida pelos turistas. O acesso é gratuito por tempo limitado, mas lá dentro tudo é cobrado.
Pala D’Oro – fica atrás do altar, um retábulo em ouro, pedras preciosas e esmalte, feito por ourives medievais.
Ingresso – 2€.
Tesoro della Basilica – peças em ouro e prata procedente do saque de Constantinopla.
Ingresso – 3€.
Museu de San Marco – aqui a atração são os cavalos de San Marco, são quatro cavalos feitos em bronze banhados em ouro que estavam no hipódromo de Constantinopla e foram arrebanhados durante a pilhagem na quarta cruzada, podem ser vistas também as obras do museu e os mosaicos da catedral.
Ingresso – 5€.
Como chegar com vaporetto – San Zaccaria ou San Marco, linhas 1, 2, 41, 42, 51, 52, N e LN.
Horário – todos os dias das 9h.45 às 17h. e domingos das 14h. às 16h.
Informações – não permitido mochilas, bermudas e roupa decotada.
Uma réplica dos cavalos está na Logia dei Cavalli (balcão aberto à Piazza di San Marco).
Palazzo Ducale ou Dodge’s Palace
O palácio apresenta uma arquitetura que abrange estilos bizantinos, góticos e renascentistas. Começou no século IX como um castelo fortificado, depois que sofreu um incêndio foi usado como fortaleza e prisão.
O corpo principal do palácio é todo em mármore, serviu como residência aos duques de Veneza, aqui durante aproximadamente 1.000 anos passaram 120 doges que determinavam o destino de Veneza.
A visita começa pela Scala d’Oro, uma escada dourada que conduz ao segundo andar e dá acesso aos aposentos dos Doge, Sala del Maggior Consiglio, Sala de Torturas, Sala delle Quattro Porte, Sala dello Scudo e outras.
Apartamentos ducais – Aqui ficam os vários apartamentos dos doges. A maioria das salas é ricamente decorada com obras de Tintoretto, Tiziano e Veronese. Aqui pode-se observar quanta opulência viviam os doges.
Sala do Maggior Consiglio – onde mais de 1.000 pessoas votavam o destino da Sereníssima República de Veneza. Os Doges de Veneza eram eleitos até ao fim da vida pela aristocracia da cidade-estado e eram normalmente escolhidos entre os mais velhos nobres da cidade. Nesta sala está a obra de Tintoretto “O Paraíso”, medindo 22,6 x 9,1 m.
Sala de armas – vários tipos de armas clássicas, além de armaduras.
Calabouço – o final da visita é nos calabouços e poços úmidos (pozzi). Daqui fugiu pelo telhado o seu mais famoso prisioneiro, Casanova, em 1756.
Ponte dos suspiros – estilo barroco do século XVIII, dá acesso aos calabouços do palácio, a ponte tinha o teto e laterais fechadas e providas de janelas com treliça de onde os condenados à morte percorria e viam pela última vez a Laguna Veneta e a luz do sol que penetrava pela janela.
Bocca di Leone – Externamente também pode ser vista a Bocca di Leone, uma imagem com cara de leão, onde pelo orifício da boca se introduziam denúncias contra moradores na época da inquisição. Na ópera La Gioconda de Ponchielli, o primeiro ato chama-se A Boca do Leão porque um dos personagens, Barnabé, coloca os nomes do casal Enzo e Laura, acusando-os.
Localização – em uma praça menor chamada Piazzetta San Marco, que se confunde com a própria Piazza San Marco.
Horário – todos os dias das 8h.30 às 17h.30.
Ingresso – 28 €. Inclui os Museus da Piazza San Marco: o Palácio Ducal, Museu Correr, Museu Arqueológico Nacional e a Biblioteca Nacional Marciana. O valor da visita guiada é de 50€.
Fotos – só até a escada de ouro, nos demais local é proibido.
Gallerie dell’Accademia
Galeria da Academia, criada no ano de 1817 para reunir as obras de arte que estavam distribuídas em toda Veneza, mais quadros foram adquiridos posteriormente e conta agora com mais de 800 obras que estão reunidas em distintos edifícios. Para apreciadores do Renascimento estão ali obras de Giovanni Belinni (Altarpiece, Anunciação), Mártir Crucificado (tríplice), Hieronymus Bosch, Giuseppe Borsato (Comemoração de Antonio Canova), além de Ticiano, Tintoretto e Canaleto, destaque para a Crucificação e Apoteose, de Carpaccio.
Localização – Campo della Carità, Dorsoduro.
Horário – segunda das 8h.15 às 14h. Terça a domingo, das 8h.15 às 19h.15.
Como chegar com vaporetto – Accademia, linhas 1, 2 e N.
Ingresso – 12€
Ca d’Oro – Casa Dourada
Recebeu esse nome porque originalmente sua fachada estilo gótico veneziano estava recoberta com detalhes em ouro que se perdeu com o tempo. A estrutura alberga locais com obras de arte, como a Galleria Giorgio Franchetti que mantém uma coleção do barão com bronzes, tapetes e pinturas dos séculos XV e XVI. Subindo até seus andares mais altos há uma belíssima vista do Grande Canal.
Localização – Cannaregio, 3932.
Horário – segunda das 9h. às 14h. Terça a domingo das 9h. às 19h.
Como chegar de vaporetto – Ca’ d’Oro, linhas 1 e N.
Ingresso – 10€
Scuola Grande di San Rocco
O edifício teve início no século XVI por uma irmandade devota a San Rocco que se uniram para construir o monumental edifício e contrataram Jacobo Tintoretto para aplicar nas paredes e tetos episódios do Antigo e Novo Testamento, em um trabalho que levou 24 anos (1564-1588), para ficar pronto.
O local não sofreu quase nenhuma alteração desde sua construção, são dois andares com apenas três salas com mais de 60 pinturas para serem visitadas, mas vale muito a visita.
Localização – Campo San Rocco.
Horário – Todos os dias, das 9h.30 às 17h.30.
Como chegar de vaporetto – S.Tomà, linhas 1, 2 e N.
Ingresso – 10€.
Na mesma praça está a Igreja de San Rocco com entrada gratuita.
Para quem gosta de arte outras galerias e museus podem ser interessantes: Museu Correr, Palácio Ca’Rezzonico com o Museu do Settecento Veneziano, Ca Pezaro.
Gôndola
As gôndolas começaram a ser utilizadas no século XVI como meio de transporte e nos canais de Veneza elas chegaram a 10 mil, com o decorrer do tempo elas foram sendo padronizadas com 11m. de comprimento, pintadas de preto e com um modelo externo único, internamente cada gondoleiro faz sua própria “decoração”, as licenciadas e padronizadas beiram a 400 gôndolas algumas com capacidade para até 6 pessoas, mas a procura de barcos com dois lugares para um trajeto mais romântico é bem procurada.
Antes de entrar na gôndola confirme o trajeto e o valor a ser pago. O Grand Canal é uma referência para fotos, mas os canais pequenos são mais charmosos.
Preço – a tabela é de 80€ para navegação diurna e 100€ para a noite, ambos por 30 minutos, independente do número de pessoas, os preços estão em plaquinhas perto das gôndolas. Faça questão de confirmar inclusive o tempo, é normal eles encurtarem o passeio.
Procure fazer o passeio durante a semana, nos finais de semana os gondoleiros tem pressa em pegar novos passageiros e ficam impacientes para o cliente descer logo, na Praça de San Marco geralmente tem muito turista, prefira um outro ponto.
Se você estiver com amigo(s) ou mesmo sozinho, negocie e faça o passeio, afinal é um ícone de Veneza. Se não se importar em ir com desconhecidos acesse o aplicativo Go Gondola ou Get Your Guide e poderá se inserir em algum grupo, neste último aplicativo há avaliação de gondoleiros e gôndolas e você pode escolher. Necessariamente o gondoleiro vai estar de calça preta, camisa branca listrada de preto ou vermelho, o chapéu está um pouco em desuso, inclusive as roupas podem ser adquiridas na Associação de Gondoleiros de Veneza, perto da Ponte Rialto.
Um fato muito comentado para quem nunca foi é dizer que “ouviu falar” do mau cheiro dos canais, isso não é verdade, eventualmente, raramente mesmo, pode haver um leve odor quando a maré abaixa.
ILHAS
Para visitas as ilhas existem tours guiados, mas geralmente reservam apenas meia hora para cada ilha (Murano, Burano, Torcello e Lido). O melhor é ir com uma das linhas regulares dos Vaporettos, que partem da Piazza San Marco e Fondamente Nove e passar o dia fazendo algumas das ilhas. Interessante programar o almoço para uma das ilhas do roteiro, em todas elas há bons restaurantes. Uso de banheiro nessas ilhas 1€.
Murano
Na época dos antigos romanos Veneza era o centro artesanal de peças de vidro feitas em gigantescos fornos, com isso eram comuns os incêndios na cidade e em 1291 as fábricas foram transferidas para Murano.
Quem vai a Murano tem a impressão de ser uma única ilha, mas na verdade é um arquipélago de 7 ilhas unido por pontes e ladeado por casinhas coloridas plantadas nas estreitas ruelas onde se fixaram as fábricas de vidros, o Museu do Vidro (Palácio Giustianian), a Basílica de Santa Maria e Donato, a Igreja de São Pedro Mártir e o Palácio da Mula. Murano possui apenas 5.500 habitantes.
É possível e aconselhável visitar uma das fábricas para ver ao vivo como é feito todo o procedimento artesanal da confecção das peças, as fábricas começam a produzir pela manhã e vão até 11h., durante a tarde as peças são colocadas à venda, mas algumas fábricas mantém alguns artesãos trabalhando para demonstração aos turistas. Nas vidrarias é possível ver a transformação de uma bola incandescente de vidro em uma obra de arte, a visita não é cobrada, geralmente a gorjeta é de 5 €.
Os ateliês se concentram na Fondamenta dei Vetrai ou na rua Viale Garibaldi. O Museo Vetrario é dedicado a história da arte em vidro. O fato de comprar um cristal em Murano não significa que o preço será mais barato do que em Veneza.
Como chegar – indo somente Murano Colonna 10€ (ida e volta), embarcando na Piazza San Marco (linha 41 ou 7) ou Fondamente Nove. Não esqueça de validar o ticket antes de entrar na barca. O trajeto é rápido, cerca de 15 minutos.
Basílica de Santa Maria e Donato
Com arquitetura românica, é conhecida por seu pavimento em mosaico bizantino do século XII e diz-se que contém as relíquias de São Donato de Arezzo, além de grandes ossos atrás do altar, que afirmam ser ossos de um dragão morto pelo santo.
Localização – Calle S. Donato, 11
Museo del Vetro – Museu do Vidro
Em atividade desde 1861, o museu tem anexo uma escola de designers de vidro. O museu conta com uma mostra de 700 anos de história do vidro em Murano, desde o Império Romano. O Centrepiece é uma grande mesa de centro onde estão delicadíssimas peças de vidro utilizadas na decoração dos palácios no século XVIII.
Localização – Fondamenta Giustinian, 8, próximo a parada do vaporetto.
Horário – 1º de novembro a 31 de março, das 10h30 às 16h.30. De 1º de abril a 31 de outubro das 10h.30 às 18h.
Ingresso – 12€
Burano
Local mais calmo para um passeio a pé, esta ilha é conhecida pela fabricação de rendas e por suas casas coloridas, os proprietários são obrigados a pintar suas fachadas periodicamente. Há uma lenda de que as casas eram pintadas de cores fortes para que os marinheiros ao retornarem encontrassem suas casas em meio a neblina. Está apenas 7km. ao norte de Veneza. A visita pode ser feita em 1 ou 2hs., se não incluir almoço.
Como chegar – Vaporetto sai do porto Fondamente Nove ou San Zaccarua pela linha LN ou Santa Lucia pela linha 3, a viagem dura aproximadamente 45 minutos. Para quem está em Burano é só esperar o vaporetto e seguir viagem para Torcello em apenas 5 minutos.
O que ver
Piazza Galuppi
A única praça da cidade.
Campanário
A torre está ligeiramente inclinada
Igreja de San Martino Vescovo.
A gastronomia de Burano é boa e tem nos doces sua excelência, programe-se para almoçar por lá.
Restaurante Café Vecio – €€-€€€
Mesinhas na calçada, bom atendimento. Menu Veneziano: salada mista, macarrão ao suco e uma porção de peixe frito e alguns camarões miúdos 20€, bebidas a parte, cobram 3 € pelo “coperto” que é a utilização dos talheres mesa.
O doce mais indicado é o “bussolà”, biscoito de farinha, manteiga e gema de ovo.
Torcello
Tinha 20.000 habitantes há 1500 anos atrás, quando a população que vivia em terra firme se refugiou na ilha para fugir dos hunos e lombargos, mas foi dizimada por um surto de malária. Ainda tem 2 igrejas do século XI. A Basilica de Santa Maria dell’Assunta tem um famoso mosaico da Virgem, apenas uma praça onde está o Trono de Átila que diz a lenda pertenceu ao rei dos hunos, Ponte do Diabo que não tem corrimão e nem parapeito e a Igreja de Santa Fosca.
Basílica de Santa Maria dell’Assunta
Arquitetura veneziano-bizantina, fundada em 639, mantém mosaicos bizantinos dos séculos XII e XIII e um pórtico do século IX, um dos edifícios religiosos mais antigos do Veneto, e contém os primeiros mosaicos na área de Veneza.
Campanário
Está inclinado, mas o acesso é permitido, ótimas fotos.
Igreja de Santa Fosca
Pórtico pentagonal, está ao lado da basílica.
Como chegar
Vaporetto saindo de Fondamenta Nuove ou San Zaccaria utilize a linha LN. O tempo do trajeto é de, aproximadamente, 50 minutos saindo de Veneza. Se você estiver em Burano, você demora só 5 para chegar até Torcello.
Lido
Praia com 12km, principal destino de verão da Itália, vale a pena, nem que seja apenas para dar um passeio pisando sobre as conchas, para brasileiros a praia não vai ser atraente. Local mais estruturados com casas, hotéis, ruas, carros e ônibus transitando. No início do século XX era um local elitizado frequentado por pessoas importantes, escritores e atores, que frequentavam praia e cassino, atualmente está mais popular principalmente de julho a setembro.
Em Lido acontece anualmente o Festival de Cinema de Veneza e aqui foi filmado Morte em Veneza, de Lucino Visconti.
Como chegar – vaporetto linhas 1, 2, 51, 52, 62, N e LN. Saindo de Veneza 10 minutos.
HOSPEDAGEM EM VENEZA
Chegar em Veneza sem hospedagem reservada é um problema, principalmente se for em um final de semana com regatas (nosso caso). Saindo da Stazzione Sta. Lucia, há várias opções.
Na Calle Misericórdia 375/A o Hotel Atlantide (filial do Hotel Zecchini) cobrou um quarto para 4 pessoas 200 €. Quarto nos fundos, junto a lavanderia, cama de campanha, úmido, chuveiro com pouca caída de água. Tivemos que ficar sábado e domingo. Na segunda-feira, mais tranquilo, passamos para o Hotel Villa Rosa* na Calle Misericórdia, 389, cobrou o quarto para 4 pessoas 120 € , ótimo atendimento, quarto e banheiro bons, limpo, arejado. http://www.villarosahotel.com.
Algumas pessoas preferem ficar no continente (hospedagem mais barata) e ir todos os dias para a parte histórica, não creio que esta seja a melhor opção.
GASTRONOMIA em Veneza
O cardápio em Veneza inclui na maioria das vezes, peixes e frutos do mar. Também são apreciados grãos, verduras e legumes, principalmente aspargos, abóboras e ervas, vegetais típicos da região do Vêneto.
Na Piazza San Marco, dois simples capuccinos e água podem sair por 30€, durante o almoço os restaurantes mantem músicos em grande estilo. Nas trattories (tratorias), a comida é boa, básica e razoavelmente barata, com massas, sopas e risotos.
Para sentar em um restaurante o investimento vai além do cardápio, tem o valor do “coperto” taxa por se sentar à mesa e usar a louça e talher e a taxa de imposto (servizio), que varia entre 10% e 15%.
Brek Ristorante – ao lado da Stazzione Sta. Lucia, na Cannaregio está o, self service com comidas típicas, não é dos melhores, mas praticam bons preços.
Restaurante da Pinto – Rialto, apesar de modesto tem um ótimo “bacalá mantecato”, tradicional desde 1.890.
Pizzería L´Angelo – Calle Della Mandola, nº 3711. Pizzas a partir de 5 €.
Ristorante Pizzeria Al Sportivi – Campo de SantaMargarita, Dorsoduro 3052. Cardápio menu turístico 15 €.
Harry’s Bar – Calle Vallaresso, 1323 na praça de San Marco, preço caro, mas vale a pena conhecer este local aonde foram inventados o drinque Bellini (vinho espumante com sumo de pêssego) e o carpaccio, ainda hoje servido com o molho original: maionese, caldo de carne e mostarda. A história do carpaccio: Giuseppe Cipriani (fundador do restaurante), serviu carpaccio pela primeira vez a uma condessa que, por problemas de saúde, não podia comer grelhados, frituras ou cozidos. Cortou um pedaço de carne em fatias bem finas e acrescentou o molho que utilizava para o preparo da carne normal. A condessa gostou tanto da refeição que perguntou seu nome para que pudesse pedi-la todos os dias. Cipriani batizou o prato ao lembrar uma exposição de Vittore Carpaccio, pintor do século 15 que usava muito vermelho em suas obras.
Sorveteria Paolin – no Campo de Santo Stefano, 29 62. Seu melhor sorvete é o de Nutella.
O QUE COMER?
Baccalà Mantecato – antipasto
É um creme de bacalhau para comer com a polenta ou com pedacinhos de pão, o crostino. O creme leva azeite e temperos como alho, sal e pimenta.
Sarde in Saor – antipasto
Um escabeche de sardinhas colocadas em camadas alternadas com cebolas e banhadas com vinagre, pode estar acompanhado de pinoli e uva passa.
Sopa de Pão
Preparada com pão vêneto grelhado, “brodo” (caldo de vegetais), queijo e erva-doce.
Risi e Bisi
Preparado com arroz, ervilhas, “pancceta” (bacon fresco), manteiga e caldo de vegetais, significa exatamente arroz e ervilha, no dialeto veneziano.
Risoto Nero
Lula, cebola, alho, azeite e vinho branco temperam o arroz, que adquire coloração preta pelo uso da tinta da lula.
Bacalá Mantecato
Purê de bacalhau preparado com o “stoccasisso” (bacalhau seco) hidratado, cortado em tiras e batido com alho e azeite de oliva, normalmente acompanhado por polenta grelhada.
Fegatto a la Veneziana
Prato à base de fígado de vitela feito com cebolas especiais vindas da cidade de Chioggia, azeite, manteiga, salsinha, crouton de pão frito na manteiga e uva passa, servido com polenta
Nero di seppia com spaghetti ou polenta.
Um prato diferente não muito comum para nós brasileiros, é um espaguete feito com tinta de lula e servido com polenta.
Baoacoli Veneziani
Biscoitos feitos com manteiga, farinha, açúcar, fermento e clara de ovos
DICAS
Pombos – O artigo 38 da lei 142/90 proíbe a alimentação de pombos exceto na Piazza San Marco e adjacências. Existem 100.000 pombos e 60.000 habitantes, fora desses locais eles alimentam os pombos com produtos anti-concepcionais.
Máscaras – verifique a procedência das máscaras, a típicas máscaras venezianas são feitas em papel machê, mas …… já existe falsificação coreana.
Artesanato em vidro e madeira – o comércio entre a ponte de Rialto e a Piazza San Marco é muito mais caro que do outro lado da ponte, o lado do mercado. Nem sempre as fábricas de vidro de Murano oferecem peças mais baratas.
Mercado de Trastevere – bons preços, mas funciona somente aos domingos.
Lojas sofisticadas – A Via Condotti (início no Spanish Steps) e suas paralelas.
Lojas mais baratas – Via Fratina e Via del Corso.
Antiguidades – Via dei Coronari e ruas ao redor da Piazza Navona.
Banheiros – cobram em média 0,70 euros.
VENEZA
Há referência de que quando Átila invadiu a Itália no ano de 453 já havia gente morando na laguna. O povoamento da região data do século VII com a invasão da Itália pelos longobardos, Veneza e ilhas vizinhas serviram de refúgio aos vênetos, começando a ter uma conotação mercantil devido a sua localização. No século VI foi incorporada ao Império Bizâncio, tornando-se independente e por volta do ano de 697 teve seu primeiro governante, chamado de dodge, eleito por votos da aristocracia e do povo. No ano de 828 chegam os restos mortais de São Marco, trazidos de Alexandria no Egito, a partir de então passa a ser uma referência.
Neste período foi assinado o Pacto de Lotario que davam aos venezianos liberdade de comércio e enriquecimento. Com isso financiavam expedições, faziam transportes em seus navios e ampliavam seu comércio em terra e água.
Entre 1140 e 1160, a cidade se tornou uma república. O dodge Pietro Gradenigo, começou a se preocupar com a aquisição rápida de riquezas e decidiu em 1297 limitar a presença de populares no governo, decretou através do Conselho dos Dez, que apenas famílias aristocráticas poderiam fazer parte do governo. Em 1797, foi tomada por Napoleão Bonaparte. Quase um século mais tarde, em 1866, a cidade foi anexada ao reino da Itália, que havia nascido cinco anos antes. Por mais de mil anos, a cidade foi uma das maiores potências mercantis do mundo, influenciando a história de vários países. Hoje, Veneza continua uma potência, mas agora turística. Veneza foi construída sobre 117 pequenas ilhas e tem 150 canais e 400 pontes. O centro histórico, que tem na Piazza San Marco seu coração, é dividido em seis bairros ou sestieri: San Marco, Dorsoduro, San Polo, Santa Croce, Cannaregio e Castello. O Palazzo Ducal, reconstruído nos séculos 14 e 15 para ser residência dos doges (governantes da cidade) e sede do governo e palácio da Justiça da ‘Serenissima Repubblica di Venezia’, que complementa o conjunto arquitetônico veneziano.
Em uma área de 8km2, você pode ir do bairro de Cannareggio ao norte até Dorsoduro em 40 minutos. A “avenida” principal é o Grand Canal que corta cada um dos bairros à medida que serpenteia a cidade, da Piazza de San Marco até a estação central de trens. A Laguna Veneta, que banha a cidade tem diversas ilhas que se estendem até mais distante, Lido (a 10 quilômetros do centro), Murano e Burano. Há outras ilhotas como Pellestrina e Torcello. Um passeio por Veneza deve começar obrigatoriamente pela Piazza de San Marco, circundar o grande canal pela direita até atingir a estação de trens, lá atravessar o Grand Canal (existem apenas três pontes que cruzam o canal) e percorrer as vielas e pequenas pontes que cruzam as “ruas” com suas gôndolas voltando para a praça de San Marco. Consiga um mapa num hotel ou loja para tentara facilitar seu passeio. Você certamente vai se perder, mas inexplicavelmente encontrará o caminho certo para chegar onde deseja. A cidade é uma malha de pequenas e apertadas ruas, mapa pouco adianta, sempre haverá uma placa com duas indicações: “Stazzione” e “Piazza San Marco”, esta é a forma de se localizar em Veneza, aliás não se perder em Veneza não tem a menor graça !!!