Ilha de Páscoa

Chile: Ilha de Páscoa – RAPA NUI….

Rapa Nui – termo que designa a ilha, o povo e a língua ainda hoje falada pela população nativa.
Moai substantivo que designa tanto o singular como o plural, portanto é correto dizer “os moai”.
Curiosidades Rapa Nui  + fotos e algumas despesas estão descritas no final do Diário de Bordo
 ü  Como chegar – Saindo de São Paulo em voo para Santiago em qualquer linha aérea que faça esse trajeto e em Santiago trocar pela Lan Líneas Aéreas, ou ainda, sair de São Paulo já com a Lan Chile, que a partir de Santiago do Chile faz escala na Ilha de Páscoa antes de ir para Papeete no Taiti.

O vôo de Santiago do Chile até a Ilha de Páscoa dura 5 horas, mesmo após o comandante anunciar a aterrissagem, nada se vê através da janela a não ser o mar. De repente pela janela do avião uma pequena nesga de terra, a ponta da asa parece que vai atingir a lateral do morro – Rano Kau, o maior vulcão da ilha de Páscoa. Começa a descida no Aeroporto de Mataveri.
ü  Fuso Horário – 2 duas horas menos que o Chile Continental.
ü  Visto – não é necessário visto, apenas um passaporte válido.
ü  Vacina – necessário certificado de vacina de febre amarela.
ü  Idioma – são dois os idiomas na ilha: o rapa nui e o espanhol. Para cumprimentar um nativo diga “iorana” (olá) e para agradecê-lo diga “maururu”.
ü  Habilitação – dirigir na Ilha de Páscoa não requer carteira dmotorista internacional, mas os guardas levam as leis a sério, cuidado com conversões indevidas e não saia sem habilitação.
ü  Clima – A temperatura é agradável durante o ano todo devido ao clima tropical marinho, entre 16ºC e 30ºC. Em maio, as chuvas são mais freqüentes, mas sempre passageiras.
ü  Energia Elétrica: 220 v.
ü  Moeda: Pesos chilenos é a moeda oficial, o dólar americano e euro são aceitos em alguns lugares. Os preços são mais elevados do que no Chile continental.
ü  Banco: Existe só um banco, o Banco Estado, onde se operaram saques com cartão VISA.
ü  Caixa Automático: Ao lado do Banco Estado, na Rua Tuu Maheke, está o único caixa automático da Ilha, funciona durante 24 horas e aceita cartões Mastercard e VISA. Existe mais um caixa automático dentro da loja de conveniência do posto de combustível que funciona no mesmo horário do posto, ou em hotéis.
ü  Combustível existe um só local que vende combustível.
ü  MercadosA Ilha conta com abastecimento razoável em pequenos mercados que se espalham principalmente na Atamu Tekena e Te Pito Te Henua, que atendem das 10h. às 13h.30’ e das 17h. às 21h.
ü  ComunicaçõesNo centro do povoado está a ENTEL, que oferece serviços a grande distância utilizando 123. Existe vários cyber cafés.

DIÁRIO DE BORDO (viagem sem guia)
Os valores informados são para 2 pessoas
QUARTA FEIRA
Saída de Santiago – 9h.10’ / Chegada na Ilha de Páscoa – 12h.
Nativas recepcionam os turistas com “hei tiare” (colares de seivo), a flor típica da Ilha. Pessoas se acotovelam pelo lado de fora, são donos de pousadas, motoristas de hotéis, locadoras de carro e donas de casa que esperam por turistas sem reserva de hotel, todos eles ofertam colares de boas vindas.
Aguardávamos uma pessoa do Kaimana Inn Hotel, imediatamente uma senhora apontou um senhor e disse: – O Marcelo já está chegando! Após as apresentações Marcelo nos acomodou em sua van e gentilmente fez um tour por Hanga Hoa para nos mostrar os pontos de interessa da vila.

OLYMPUS DIGITAL CAMERAKaimana Inn Hotel & Restaurant

Atamu Tekena s/n, Ilha de Páscoa
Fone: +56 9 8186 3298 – http:/www.kaimanainn.com
O hotel é bastante central, são 6 quartos com capacidade para 4 pessoas, paredes de madeira, banheiro individual, armário e frigo bar.  No terraço uma mini Jacuzzi, tudo limpo e agradável, nos sentimos bem à vontade. Levamos presunto, queijo, pão, margarina, suco de frutas, frutas cristalizadas, acomodamos tudo no frigo bar e saímos.
PC050156.JPGFomos até a praia do Pea, local não muito balneável, mas que mesmo assim algumas pessoas estavam tomando sol e crianças nativas se divertiam naquele mar azul incrivelmente transparente. Tentamos uma cerveja em algumas lanchonetes e bares, mas eles não vendem bebida alcoólica, somente podem ser encontradas em alguns mercados e restaurantes, porém mesmo pedindo ela “fria”, pode ter certeza de que não vai tomar uma cerveja gelada. Fomos almoçar no La Tinita.
La Tinita
Calle Te Pito Te Henua
Restaurante familiar, o almoço foi servido na varanda da casa
ceviche de atum + cerveja = U$10,50
posta de atum + salada + refrigerante = U$10,50

Caminhamos um pouco pela vila, já começava a anoitecer, passamos em um mercado para comprar água e refrigerante e voltamos para o hotel.

QUINTA FEIRA

Os quartos do Kaimana ficam nos fundos do restaurante, quando acordamos fomos até a entrada, estava fechada, fomos caminhar e quando voltamos já eram 10h., perdemos o horário do café da manhã, mas Miraje abriu uma exceção e nos atendeu, serviu: suco de manga, nescafé, chá, queijo, geleia, ovos, manteiga e pão.
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Depois disso decidimos caminhar até a Aldea Ceremonial de Orongo e cratera do Rano Kau, preparamos lanche, água, suco e saímos pela Avenida Atamu Tekena, sentido aeroporto, Setor Mataveri. No final desta avenida dobramos à direita seguindo por rua empedrada, passamos em frente ao posto de combustível, daqui em diante a rua passa a ser asfaltada, passamos também pelo prédio da Guarnição de Infantaria da Marinha (lado direito), prestando atenção nas placas para não perder a entrada da Caverna Ana Kai Tangata, (primeira parada antes de caminhar para o Ranu Kau), caminhamos pela esplanada cortada por um despenhadeiro e descemos por uma rústica escada de madeira até chegar à caverna, pouco profunda, mas bastante alta, no seu teto podem ser observadas pinturas com motivos de pássaros (manu), neste local é interessante levar uma lanterna para observar melhor o teto. O interior escuro da caverna dá uma contraste maravilhoso com o azul do céu que ser funde com o azul do oceano. Um lugar para sentar,OLYMPUS DIGITAL CAMERA meditar e se encantar.
Voltamos para a estrada, o guia que acompanhava um grupo nos informou que havia dois caminhos para chegar a Rano Kau, um pela estrada onde os carros trafegavam e o outro era uma trilha, mas deveríamos estar atentas para uma placa escrita “Sendero a Orongo”, logo à frente e do lado direito, atrás dela está uma cancela feita de canos.
Não foi difícil localizar, atravessamos a cancela e fomos ter em uma área de reflorestamento, sem qualquer indicação, encontramos um funcionário que nos orientou sobre o caminho, informando-nos que a subida a partir dali era difícil, haviam pedras pintadas de branco no chão e deveríamos segui-las, a trilha estava bem marcada. Começamos a subir, após mais ou menos 1h. de caminhada, demos uma parada sob árvores frondosas para observar a paisagem lá em baixo e tomarmos um pouco de água.
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Continuamos a subida, e após 1h.40’ chegamos ao topo do Rano Kau, com sua cratera imensa de 1.600 metros de diâmetro, um verdadeiro lago onde estão plantas que foram se adaptando ao clima, olhando pelo alto da cratera ficamos a imaginar um punhado de jovens atravessando tudo aquilo, se arriscando no mar até uma ilha vizinha para apanhar um ovo e apenas um deles voltar vitorioso para ser durante um ano o Homem Pássaro. Ao lado direito da cratera está a Aldea Ceremonial de Orongo, onde ainda restam vestígios das moradias Rapa Nui.
Até o Rano Kau não há cobrança, mas a entrada no Parque aonde se encontra a Aldea Orongo é controlada.
Aldea Ceremonial de Orongo US$10.
Terminada a visita, começamos a descida, paramos em uma área de descanso para um lanche, e em 40’ já havíamos chegado à base do Rano Kau, voltamos para a Vila de Ranga Roa.PC040098.JPG

 

Chegamos a vila e passamos pela Praia do Poa para conhecer os mais antigosOLYMPUS DIGITAL CAMERA moai, quando ainda eram representados como seres amorfos.Dali fomos para uma central de artesanato que fica na Av. Atamu Tekena, achamos tudo muito caro, subimos a rua Te Pito Te Henua e ao lado esquerdo da Paróquia encontramos uma outra central de artesanato com preços compatíveis com a outra, mas bem maior e com mais variedade. Havíamos tomado um lanche muito tarde optamos por não jantar e fomos para a o Kaimana.

 

 
SEXTA-FEIRA
Como dormimos bastante cedo, acordamos antes das 8h., fomos até o restaurante, havia um aviso de que o “desayuno” era servido somente às 9h. Resolvemos sair não em direção a Av. Atamu Tekena, mas no sentido contrário, percorremos algumas ruelas com casas simples de moradores, como não vimos nada de mais interessante voltamos para o café da manhã. Miraje nos atendeu com toda suja simpatia, comentou que sua família pertencia a um clã muito antigo, haviam se fixado nas casinhas que estivéramos visitando pela manhã, salientou que, embora estes clãs não existissem teoricamente, na prática ainda era muito válido e particular. Foi uma forma sutil de nos avisar que embora as pequenas ruelas atrás da pousada fossem públicas, forasteiros não eram bem vindos, não nos manifestamos mas entendemos o recado. No café foi servido: nescafé, queijo, pão na chapa e geléia, o leite nem sempre vem à mesa, mas se for solicitado logo é servido. Miraje nos informou que esta noite haveria um show folclórico e acompanhado de “curanto”, deixamos nossos lugares reservados. Saímos para alugar um veículo.
Jipe Suzuki – contrato de 2 dias = U$75

Já com o jipe, seguimos em direção oeste, passando pelos Sítios Arqueológicos, Ahu e Moai. Fomos parando em todos os lugares onde havia tabuleta indicativa, esmiuçamos todos os cantos até chegarmos no Rano Raraku, a Fábrica de Moai, com estátuas espalhadas pelo lado de fora da encosta do vulcão, são peças prontas, semi prontas, algumas deitadas, parece até que foram abandonadas rapidamente e os escultores nunca mais voltaram.  Achamos que já tínhamos visto tudo quando resolvemos subir até o alto da cratera, foi uma surpresa, aqui também a cratera se transformou em um lago com margens cobertas por totora e diferentemente do Rano Kau, conseguimos chegar até o lago, começamos a observar as laterais da cratera e vimos que também na parte interna estão vários moai em diversas fases de construção. 

Estava curiosa para conhecer a pedra mineralizada, já havia desistido, quando a Paula resolveu voltar por um atalho onde não havíamos passado e conseguimos encontrar O Te Pito Kura, está perto da praia, uma pedra achatada, com quatro outras menores ao seu redor, fiz o teste da bússola e realmente não foi possível encontrar o norte, o ponteiro fica sem referência, coloquei as mãos para ….. receber energias. Terminamos o passeio deste dia na praia de Anakena, onde fizemos um pic-nic sob os coqueiros vindos do Taiti, em Anakena a areia é branca, fina, o mar como sempre de uma transparência incrível. 

A noite fomos assistir a um show folclórico e jantar. 
curanto + show = U$75


O curanto foi preparado no quintal do restaurante, a princípio vimos apenas um monte de terra, quando começaram a retirada da terra com pás, começou a surgir uma fumaça, enquanto a terra era retirada já surgiram pedaços de juta, eram sacos abertos, colocados uns sobre os outros, aproximadamente uns 15, então vieram camadas de folhas de bananeiras que também foram retiradas com muito cuidado, abaixo delas estava uma camada de batata doce, as pedras vulcânicas ainda estavam quentes e o Marcelo, orgulhosamente passava de mão em mão para testá-las como se fosse um passe de magia.  Finalmente, no fundo do buraco apareceram as assadeiras com frango e carne de porco, o peixe como tem a carne mais tenra foi assado na cozinha. Tudo foi levaOLYMPUS DIGITAL CAMERAdo para a mesa do restaurante e em fila indiana todos foram fartamente servidos, além do curanto havia uma salada como entrada e de sobremesa poe, uma espécie de bolo de banana, porém mais úmido.

Miraje nos proporcionou o melhor lugar da mesa, assistimos ao show praticamente de “camarote”, homens e mulheres dançaram ao som de músicos percursionistas, ritmos da polinésia e especificamente da Ilha de Páscoa.
Os homens com uma dança mais rápida pareciam realmente estar em ritmo de guerra com seus corpos pintados e as mulheres em um ritmo mais sensual e com balanço de quadris e muito jogo de mãos em coreografia bastante delicada.


SÁBAOLYMPUS DIGITAL CAMERADO

Neste dia não acordei muito bem, no café da manhã quase não comi, principalmente a omelete, não conseguia nem olhar para ela, aguardei a Paula terminar o seu café e seguimos para o jipe, hoje iríamos conhecer o lado leste da Ilha. Este lado é menos interessante, o número de moai é bem menor. Fizemos o mesmo esquema, fomos parando à medida que as placas de informação iam aparecendo. Fomos até o Tahai, Hanga Kio’e e Ana Kakenga, onde está a “cueva de las dos ventanas” (caverna das duas janelas), o problema é que para chegar até as tais janelas para o mar é preciso se embrenhar dentro de uma caverna, escura e baixa, cerca de 100 metros, não me senti segura e como a Paula também não quis ir voltamos para o jipe nos dirigindo até o Ahu Tepeu, passamos pela caverna Ana Te Pahu e nesta sim foi possível entrarmos, embora a Paula estivesse um pouco insegura, nos aventuramos um pouco mais, a caverna era alta e estávamos com uma lanterna, mas quando chegamos a um ponto com bifurcações achamos conveniente não arriscar e acabamos voltando.
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Seguimos para Puna Pau, onde eram feitos os pukaos que cobriam os moai.


Seguimos para a praia de Anakena ficamos ali até 16h.30’. Alí está uma plataforma com moai de costas para o mar, são os únicos nesta posição em toda a ilha.OLYMPUS DIGITAL CAMERA
Precisávamos voltar a tempo de confirmar o mergulho do dia seguinte, feito isso fomos comer.

El Gordo
ceviche + refrigerante = U$10,95
empanada + suco = U$4,50
Depois fomos até o posto de combustível completar o tanque do jipe para a devolução no dia seguinte, resolvemos passar no mercado comprar água e ir para o Kaimana, fomos informadas de que não havia mais garrafas de água mineral na Ilha, teríamos de nos contentar com água com gás durante dois dias, não havia outro jeito. Ali as coisas acontecem sem pressa, sem stress, tudo é no tempo deles, não no nosso.
DOMINGO
O café da manhã saiu atrasado: 10h.! Acabei perdendo o horário da missa, domingo é o único dia da semana  e em que é rezada no dialeto Rapa Nui.
A Paula me deixou na igreja, já estava entrando quando a Paula voltou a pé dizendo que um guarda havia parado o jipe e solicitado sua habilitação (estava na minha bolsa), fui até lá com ela, o guarda me explicou que ela havia feito três irregulares (dirigindo sem habilitação, conversão irregular, contra mão), me desdobrei pedindo desculpas, idem a Paula, perguntei se haveria alguma multa, nessa hora foi o que mais nos preocupou, pois já havia sido informada que eles são muito exigentes com as regras de trânsito. Expliquei a ele que já estávamos devolvendo o veículo, novamente pedi desculpas e ele pediu para não mais sair sem documentos e prestar atenção no fluxo dos carros locais, já que não há placa indicativa no local. Voltei para a igreja, o interior da igreja é de um sincretismo incrível, Jesus no crucifixo esta com um cocar, assim como Maria e o Menino. A roupa de São José é toda decorada com símbolos Rapa Nui. O São Francisco de Assis tem os olhos como dos Moai. Todas as peças são em tamanho natural, entalhadas em madeira.

Resolvemos ir até a cadeia local, segundo a Miraje, no “carcel” encontraríamos o artesanato mais barato de Hanga Roa, ficava na metade do caminho que havíamos feito para chegar a base do Rano Kau, depois de passar pela Guarnição de Infantaria da Marinha, aproximadamente 100 metros adiante, a primeira entrada à esquerda, seguir adiante, o prédio é bem visível: Sede dos Carabineiros é só perguntar na portaria e eles indicam o local das celas. Realmente os preços estavam bons, mas só peças em madeira. Nesta cadeia não há presos perigosos, a ilha é tranqüila sem incidência de roubo ou agressão os que lá se encontram estão por dois motivos: não pagaram pensão alimentícia ou segundo eles possuem esposas muito chatas e preferem dormir lá do que em sua própria casa. Os presos ficam em celas individuais, recebem visitas a qualquer hora, e ainda possuem um ateliê para trabalhar, ali se consegue negociar um bom desconto. Voltamos para o Kaimana, tomamos banho e o único local disponível para almoço foi o restaurante Pea, como era um local recomendado achamos que não havia erro, logo na entrada o visual não estava bom, guardanapos e garrafa pet espalhados pelo chão.

Restaurante Pea
sopa de verduras + suco = U$9,00
atum com molho de mariscos e purê de batatas + refrigerante = U$10,50

A Paula pediu um atum com purê de batatas, ficou receosa em pedir ceviche, optei por uma sopa de vegetais que por sinal não estava nada boa, o local é muito interessante, visual bonito, mas a comida não compensa o custo/ benefício.  A noite foi meio complicado dormir, a vizinhança optou por ouvir um único CD em ritmo Rapa Nui durante várias, várias, várias horas.

SEGUNDA-FEIRA
Acordamos mais tarde, agora em ritmo Rapa Nui, tomamos café e demos uma volta pelo centro até chegar a hora de irmos para a sessão de mergulho da Operadora Orca.  Assim que chegamos começaram as instruções, o macacão que me foi destinado era pequeno demais e acabei me atrasando até achar um tamanho adequado, entramos no barco e partimos para o local de mergulho, em ritmo de loucura o barco cortava as ondas.
Encontrado o local ideal os dois instrutores nos ajudaram a colocar o equipamento, o desequilíbrio é sentido quando é colocado o cinturão de chumbo que auxilia na descida, estávamos preocupadas, mas nem deu tempo de trocar idéia, a Paula sentou-se na borda do barco e lá foi, em seguida fiz o mesmo. Últimas recomendações e começamos a descer, foi bastante tranqüilo, já respirava mais devagar aproveitando o visual, peixes coloridos passavam pelas nossas mãos, corais imensos, tranqüilidade, uma paz imensa. 

O instrutor fez sinal para subirmos vagarosamente, subimos no barco e comecei a sentir muito enjoo segundo eles isto era normal porque o barco estava balançando muito. Recomendo as pessoas que não façam o mergulho das 12hs., é preferível o horário anterior, neste que fizemos os instrutores estavam com pressa para ir embora e praticamente não nos deram respaldo, principalmente se levarmos em conta que eu havia tido bastante enjoo.
mergulho c/ cilindro = U$90,00
DVD do mergulho = U$15,00
Saindo dali fomos até nosso quarto tomar um banho e depois passei no correio para carimbar o passaporte, quando o funcionário disse que seria $0,50 a Paula ficou furiosa, disse que era um assalto e não iria carimbar, também não concordei muito com isso, mas já estava carimbado, lembrei-me que na Patagônia fiz o mesmo gratuitamente. Tomamos um lanche.
pizza + refrigerante = U$6,00
sanduíche + refrigerante = U$7,20
A Paula voltou para o hotel para pegar alguns chocolates que havia encomendado para a Miraje, subi até a Paróquia, ao lado direito dela há uma padaria que segundo me informaram fazia o melhor Poe da Ilha, como tudo ali é feito na calma, já estava ficando impaciente com a demora da mulher em embalar três pedaços de bolo (U$1,50 cada). Cheguei praticamente correndo, o Marcelo já estava esperando para levar ao aeroporto, nos deu colares com conchas e penas, devolveu P$5.000,00 que segundo ele teria sido pago a maior na compra dos chocolates da Miraje.
Como sempre tinha por hábito de trazer uma pedra dos locais por onde passo, na Ilha de Páscoa não foi diferente, mas ao passar pelo RX, fui questionada se estaria trazendo pedra natural, na hora neguei, nem me lembrava mais da pedrinha no fundo da mochila, disse apenas que estava levando um moai entalhado em pedra, mas logo em seguida me lembrei da pedra vulcânica, pedi desculpas abri rapidamente a mochila e entreguei, enquanto procurava a pedra o guarda viu um pacote de chá de senne que estava na mochila, disse que aquilo eram sementes, e embora eu as tivesse trazido de fora, uma vez na Ilha não poderia sair sem um período de quarentena, concordei na hora em entregar o pacote, mas seu superior disse que não haveria necessidade, já que o produto havia entrado “clandestinamente”, eu poderia trazê-lo de volta. Portanto, você pode trazer um moai enorme de pedra vulcânica, mas não pode trazer um pedregulho do mesmo material !!!!!

Foram 4 horas de viagem até Santiago onde esperamos por 12 horas nosso voo para o Brasil. O aeroporto de Santiago tem padrões bastante simples se levarmos em conta que se trata de uma capital. Os restaurantes fecham às 22h. ficam abertas apenas duas lanchonetes, uma na área internacional e outra no setor de voo doméstico, optamos por esta por estar mais barata, mas nada do que pedimos veio de acordo. Subimos para a área internacional, algumas pessoas já estavam acomodadas nas cadeiras, escolhemos uma séria de seis cadeiras (três para cada), a Paula foi até o banheiro, colocou um moletom, chinelos e voltou para suas cadeiras para dormir, puxei o carrinho com nossas mochilas para perto e prendi as correias nas cadeiras, tentei dormir, mas não foi fácil, quando eram 05h.30’,  acordei a Paula para nos prepararmos para o check-in. Dormi toda a viagem de volta para o Brasil, desci em São Paulo e a Paula seguiu até o Rio.

INFORMAÇÕES E CURIOSIDADES

Ø  Ahu– plataforma sobre as quais estão os moai.
Ø  Anakena –  praia própria para banhos.
Ø  Akivi (Ahu) – neste ahu estão moai construídos em 1460.
Ø  Hare Baka – estilo de casa primitiva dos antigos habitantes de Rapa Nui.
Ø  Nau Nau (Ahu) – é o sítio mais antigo da Ilha de Páscoa, moai com a parte superior do corpo e pukao.
Ø  Orongo– antiga cidade cerimonial onde acontecia a cerimônia do Tangata Manu.
Ø  Poike –  primeiro vulcão que emergiu do mar.
Ø  Pukao chapéu de pedra com coloração avermelhada que cobre a cabeça de alguns moai.
Ø  Rano Kau – no topo deste vulcão acontecia a Cerimônia do Homem Pássaro.
Ø  Rano Raraku – as encostas do vulcão onde se esculpiam os moai.
Ø  Tangata Manu – homem pássaro.
Ø  Tongariki (ahu) – é o maior dos altares com 200 metros de comprimento, suporta 15 moai.
Ø  Vinapu (Ahu) – plataforma com pedras em disposição muito parecidas com as de Machu Picchu.

      – Para quem quer fugir da alta estação, a melhor época do ano é o segundo semestre. Embora o tempo numa ilha tão isolada seja muito inconstante, a partir de agosto há uma maior predominância de dias ensolarados e a temperatura fica em torno de 25°C.
     – Um pequeno ponto de terra, perdido na imensidão azul do Oceano Pacífico, cercado de água e mistérios por todos os lados. Isto é a Ilha de Páscoa, ou Rapa Nui. O lugar mais próximo daqui é a costa chilena, a 3.700 km de distância por mar.
    – Ilha de formato triangular com 176 km. quadrados de superfície, formada a mais de dois milhões e meio de anos pela erupção de três vulcões: Maunga Terevaka (noroeste, o mais alto), Rano Kau(sudoeste, pode ser visto do espaço) e Poike (leste), alguns estudos afirmam que aqui existiram cerca de 70 vulcões, nenhum entrou em atividade desde que a ilha foi colonizada, há 1.300 anos.
·       O isolamento fez com que os antigos habitantes acreditassem ser esse o único lugar habitado, e por isso chamavam a ilha de Te Pito O Te Henua, “O umbigo do Mundo”, nome nativo na língua Rapa Nui, também chamada ”O grande Remo”,” Ilha Grande” ou ” Mata Kiti Teram” -” Olhos que miram o céu”.
·       São os Moai (substantivo que designa tanto o singular como o plural), um enigma etnográfico e arqueológico como poucos na face da terra. A Ilha de Páscoa é uma colossal galeria de arte ao ar livre. A quantidade de estátuas chega a quase 900, para uma população de aproximadamente 4.000 pessoas.
·       A Ilha de Páscoa, é um dos destinos mais esotéricos do planeta.
·       A Ilha tem um formato triangular, e em cada ponta deste triangulo há um vulcão, os esotéricos acreditam serem pontos cabalísticos. Este triangulo mede 22 km. de base por 11 km. de altura.
·       Há um ponto, Vaihu, onde as bússolas quando colocadas em cima de uma pedra esférica não consegue marcar o norte; efeito de campos de metais magnéticos ou de energias cósmicas, dependendo das convicções.
·       Os mais esotéricos, no entanto, acreditam que a ilha seja um dos mais importantes chacras do planeta. Como se os centros magnéticos daquele pedacinho de terra emanasse uma energia especial conhecida por povos antigos, hoje “captada pela sensibilidade” de pessoas. Para eles, a Ilha de Páscoa é um centro de harmonia holística, capaz de equilibrar corpo, mente e espírito.
·       Até hoje, há quem afirme que os moai foram feitos por extraterrestres, incluindo visitantes de estrelas desconhecidas.
·       Os mais velhos ainda falam de como as estátuas “andavam”, “caminhavam” pela ilha. Os céticos explicam que muitas das estátuas eram transportadas na vertical, ou seja, de pé. Deslizavam sobre pedras redondas do mar, há também teorias que dizem que se utilizam para o transporte os troncos de árvores, dando a impressão, a quem as via de longe, que as estátuas estariam a caminhar.
·        Alguns pascuenses acreditam que os moairepresentam os sábios após a morte, quando este morria era embalsamado e sepultado sob uma estátua, desta forma a alma do falecido se incorporava a pedra e ela então passava a ser um moaie estaria através dos olhos do moai zelando pela comunidade. Os Rapa Nui continuam até hoje respeitando os moai.
·        Para os Rapa Nui, os moai levitavam devido a um fantástico poder mental, o mana,uma energia oculta que anima as pessoas e as coisas.
·       Alguns sustentam que a ilha em tempos remotos foi muito maior, parte dela, teria afundado no Pacífico.
·       Figuras talhadas em tamanhos diversos, composta de cabeça e tronco, aparentemente olhando para o infinito e portando um chapéu chamado de pukao, poderiam ter sido construídas para equilibrar as descargas elétricasda região, funcionando como para raios.
·       Para alguns teosóficos, aIlha de Páscoa seria o resto do “continente perdido” e os moaiseriam representações dos gigantes dos Atlantes.
·        Doutrina secreta atribui tal obra aos habitantes da Lemúria.
     ·       Rongo-Rongo os Tábuas Falantes, continuam incógnitas, cada linha está de ponta-cabeça em relação à anterior, obrigando o observador a virar constantemente a tabuleta. Existe a hipótese de que fossem auxílios à memória para as letras dos cantos.

Resumo de algumas despesas em U$ (U$2,40)
voo + locação jipe + combustível
despesas transporte  1.356,40
despesas hospedagem 360,00
despesas alimentação 110,25
despesas passeios 180,00
(curanto, show, megulho, dvd) 
2.006,65

 

ILHA DE PÁSCOA                                                                         U$ R$   P$
03/12. água 2,55 6,10 1.700,00
Suco de framboesa 01 copo  3,75 9,00 2.500,00
sorvete 2 bolas 2,25 5,40 1.500,00
La Tinita 1 ceviche 9,00 22,00 6.000,00
La Tinita cerveja 1 lata 1,50 3,60 1.000,00
La Tinita atum grelhado c/ salada 1 porção 9,00 22,00 6.000,00
coca cola 1 lata 1,50 3,60 1.000,00
mercado – água 2 lts. 4,50 10,80 3.000,00
Kai Mana Inn – hostal 2 pax 72,00 173,00 48.000,00
04/12. mercado – agua 2 garrafas 3,3 11,50 3.200,00
refrigerante  2 latas 2,25 5,40 1.500,00
cerveja 2 latas 2,25 5,40 1.500,00
05/12. refrigerante  2 latas 2,25 5,40 1.500,00
cerveja 2 latas 2,25 5,40 1.500,00
locação jipe – 1 diárias 37,50 90,00 25.000,00
Kai Mana curanto + Show 2 pax 75,00 180,00 50.000,00
Kai Mana Inn – hostal 2 pax 72,00 173,00 48.000,00
06/12. refrigerante 4,50 10,80 3.000,00
cerveja 4,50 10,80 3.000,00
combustível 5,40 12,96 3.600,00
El Gordo – ceviche 1 porção 9,75 23,80 6.500,00
refrigerante 1 lata 1,20 2,86 800,00
empanada 1 unid. 2,25 5,40 1.500,00
suco 1 copo 2,25 5,40 1.500,00
água 3 garrafas 6,75 16,20 4.500,00
locação jipe 1 diárias 37,50 90,00 25.000,00
Kai Mana Inn – hostal 2 pax 72,00 173,00 48.000,00
07/12. Almoço – Restaurante Pea 1 copo 3,00 7,2 2.000,00
Rest. Pea – refrigerante 1 lata 1,50 3,6 1.000,00
Rest. Pea – sopa de verduras 1 pax 6,00 14,40 4.000,00
Rest. Pea – atum c/ molho de mariscos 1 pax 9,00 21,6 6.000,00
Kai Mana Inn – hostal 2 pax 72,00 173,00 48.000,00
08/12. Pizza 1 pax 4,80 11,5 3.200,00
Sanduiche 1 pax 6,00 14,4 4.000,00
refrigerantes 2 latas 2,40 5,76 1.600,00
mergulho 2 pax 90,00 216 60.000,00
DVD mergulho 15,00 36,00 10.000,00
Kai Mana Inn – hostal 2 pax 72,00 173,00 48.000,00

2 comentários sobre “Ilha de Páscoa

  1. Parabens pela brilhante reportagem ! Tudo que vcs falaram é perfeito ! Meu nome é Francisco Soares e escrevi o livro : Os Para Raios de Pedra da Ilha de Páscoa, em 1994, publicado pela Editora da UFMA. Nesse livro apresento a teoria que mostra que os moai eram sofisticados sistemas de para -raios e que tinham um dispositivo dissipador de energia que só foi desenvolvido nos EUA, nos anos 70. meu fone é : (098) 99971 1027

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