Atualizado em 2020, alguns valores podem sofrer alterações
Copacabana – Bolívia
É a principal cidade do entorno do Lago Titicaca na Bolívia, de onde saem os barcos que visitam: Isla del Sol e Isla de la Luna, ilhas com sítio arqueológico Inca. Na cidade outros locais podem ser visitados como Plaza 2 de Febrero, Basílica de Nossa Senhora de Copacabana, Forca del Inca. Hotéis não tão bons, ruas descuidadas, na orla do Titicaca restaurantes servem truta fresca. Assim é Copacabana!
Elevação – 3.841 m.
População – 6.000 habitantes.
Tempo – 8 °C, vento NE a 23 km/h, umidade de 69%.
Província – Manco Kapac.
Lago Titicaca
O Lago Titicaca foi de grande importância para os Incas, diz a lenda que das águas do Lago Titicaca emergiu o primeiro Inca, por ordem do Deus Sol, para começar o Império Manco Capac.
O lago Titicaca, está na fronteira entre o Peru e a Bolívia – Cordilheira dos Andes – é um dos maiores lagos da América do Sul e o curso d’água navegável mais alto do mundo. São dezenas de ilhas onde a população utiliza em grande escala a “totora”: uma planta endêmica da região que nasce nas águas do Lago e é usada para a confecção de casas, barcos, ilhas, medicamento e até mesmo alimentação.
Elevação à superfície – 3.812 m.
Área – 8.372 km².
Profundidade máxima – 280m.
Temperatura – variando entre 7º a 11ºC.
Quando ir – temporada seca de abril a outubro, chove de novembro a março.
Dinheiro – leve bolivianos, há poucos caixas eletrônicos em Copacabana e nem sempre funciona. Nas casas de câmbio a cotação não é boa.
Previna-se – leve agasalho independente da época, a cidade está em região bastante alta e do Lago Titicaca sempre sopra uma brisa fresca, mesmo no verão. Use filtro solar sempre.
Isla del Sol
A Ilha é considerada um santuário do Império Inca, aqui foi erguido um templo dedicado ao deus Sol e foram encontradas mais de 80 ruínas datadas de 3.000a.C. Segundo a tradição, o Inti Sol, deus pai dos Incas decidiu enviar à Terra seu filho Manco Capac, e sua esposa-irmã, Mama Ocllo que emergiram das águas do Titicaca marcharam até Cuzco para fundar a cidade-capital do grande Império Inca.
A Ilha é dividida em três comunidades: Yumani (Sul), Challa (Centro) e Challapampa (Norte).
A comunidade é formada por pessoas de origem quéchua e aymará que vivem da criação de animais, principalmente lhamas, artesanato e turismo. Antigamente havia uma trilha interna unindo o lado norte com o sul, atualmente fechada devido desentendimento com arrecadação de pedágio.
Distância de Copacabana – 20km.
Trajeto em barco – 1h.30 cais no final da rua 6 de agosto
Saídas dos barcos – 8h.30 e 13h.30
Custo do barco – B$25 (U$3,55) a B$30 (U$4,30), depende da lotação.Como chegar – os barcos de turistas que fazem bate-volta saem pela manhã e voltam às 16h., mesmo estando sol previna-se, faz muito frio no barco. Para quem vai dormir na ilha pode ir cedo ou a tarde, na Ilha as acomodações são bem simples e o prato principal geralmente é truta.
No Portal Sul, logo ao desembarcar muitos “guias” irão oferecer serviço, isso é opcional, você pode fazer sem guia também. Os principais atrativos são: Museo del Oro, Pedra Sagrada, Templo del Inca, Mesa de Rituais e Ruínas do Templo de Chicana (El Labirinto). Com tempo dá para ver terraços de plantio, caminhar por vegetação rasteira em declive com lhamas pastando. Por uma escadaria se chega ao Templo do Sol, restou pouca coisa, mas o visual compensa.
Taxa de Visitação – B$10 (U$1,40) É cobrada uma taxa de visitação, o preço é justo, já que eles necessitam dessa ajuda para manter a comunidade.
Yumani área arqueológica
Fuente del Inca
Uma fonte que significava muito para os incas, cada cavidade respectivamente, possuía o significado: Não roubar, não mentir e não ser preguiçoso. Na época da invasão espanhola, acreditava-se que se tratava de uma fonte da juventude.
Escalera del Inca.
Longa escada de pedra com cerca de 500 degraus que vai do local aonde partem os barcos até o alto da parte central de Yumani, onde estão as hospedagens e restaurantes.
Diário de Bordo – Fomos pela Agência Titicaca Tours, passeio de meio dia B$78,50 (U$11,50), para 2 pessoas, como os barcos dessa empresa são muito lentos, só chegamos a Isla Del Sol às 10h. o guia ruim prestou poucas informações. Houve escala na área arqueológica de Yumani e Templo de Pilkoakyna.
O que ver na cidade
Cerro Calvário
A subida não é fácil, mas vale a pena, a vista do Lago Titicaca é panorâmica. No final da tarde os turistas costumam subir para assistir o pôr-do-sol.
Basílica de Nossa Senhora de Copacabana.
Nossa Senhora de Copacabana- padroeira da Bolívia- a imagem possui pele morena, enfeitada com joias e seu manto é trocado de tempos em tempos, foi talhada por Francisco Tito Yupanqui que era de linhagem real inca.
A igreja foi construída no ano de 1550 em estilo renascentista e reconstruída entre 1610 a 1651, além da capela fechada há uma aberta para atender os costumes indígenas.
Visitação – gratuita
Curiosidade – no século XVII espanhóis devotos trouxera ao Brasil uma réplica dessa imagem e colocaram em uma pequena igreja no Rio de Janeiro, esse ato deu origem ao Bairro de Copacabana.
La Horca del Inca (A Forca do Inca)
Tem esse nome porque os espanhóis imaginaram que os pilares serviram para enforcar incas. Estudos mostraram que era local de estudos astronômicos de culturas pré-incas, as rochas perfuradas permitem que os raios de sol atravessem o lintel durante o solstício, os aymarás preveem a ocasião das chuvas para a lavoura.
Como chegar – no final da Calle Murillo siga em direção ao limite da cidade, cruze a Calle Potosi e Avenida Tejada (Ruta Nacional 2), logo vai avistar a placa indicativa das ruínas, na pequena cabana arredondada deve ser paga uma taxa de acesso.
Trilha – curta, mas íngreme e no trajeto fique atendo, há algumas estruturas que fazem parte da ruína, não estão identificadas, são pilares de pedras que resistiram ao tempo. A trilha é de aproximadamente 2km.
Taxa – B$10 (U$1,40)
Atenção – algumas pessoas podem abordar você querendo vender ingressos para a trilha, não aceite, pague somente no local autorizado.
Como chegar a Copacabana
Puno (Peru) x Copacabana (Bolívia)
Ônibus – Companhia Titicaca parte às 10h., 10h.30 e 14h. Os bilhetes custam Novo Sol $45 (U$12,80).
Mini-vans – saem com mais frequência, mas levam somente até a fronteira, é necessário passar a pé pela alfândega Peru x Bolívia e tomar outra van depois de cruzar a fronteira.
Não é possível fazer bate-volta Puno x Copacabana x Puno, a fronteira fica fechada a noite.
La Paz (Bolívia) x Copacabana (Bolívia)
Avião – o aeroporto mais perto é o de La Paz com voos vindo de São Paulo e Rio de Janeiro.
Ônibus – partem do Terminal Rodoviário de La Paz, operam as companhias: Transcopacabana, Todo Turismo, Pasasur, Mopar e Trans Omar, a viagem leva cerca de 3h.30, custo médio de B$30 (U$4,30).
Vans – saem em frente ao cemitério, é necessário esperar completar a lotação e custa em torno de B$20 (U$2,85).
Para chegar em Copacabana, o ônibus vai parar no Estreito de Tiquina, os ônibus atravessam em uma balsa maior com a bagagem e os passageiros atravessam em um barco geralmente super lotado.
La Paz x Copacabana (nosso trajeto)
Diário de Bordo – na volta do passeio a Tihuanaco paramos perto do cemitério, iríamos pegar um ônibus para Copacabana, saída às 14h. com chegada em Copacabana 17h. A viagem ia bem até chegarmos ao Estreito de Tiquina, quando o motorista começou a gritar “Baja, baja, baja”, todos desceram. O ônibus atravessaria em uma balsa, só com a bagagem, sem saber o que estava acontecendo e nem para onde ir, começamos a correr atrás do tal senhor, seguindo sempre o boné branco, que a certa altura desapareceu, havia um guichê aonde presumimos que deveríamos comprar bilhetes para a travessia de barco.
O barco era pequeno, começou a entrar muita gente, com sacos, sacolas, malas, super lotação. Finalmente o barco saiu, não havia coletes salva vidas, nunca achei um Estreito tão largo, a margem não chegava nunca, fiquei imaginando como seria um naufrágio ali com a água do Titicaca a 10ºC. Quando chegamos do outro lado o ônibus havia sumido entre muitos outros, quando vimos ele já estava se preparando para ir embora com portas fechadas, corremos atrás gritando para o motorista parar. A paisagem a partir dali é muito bonita, com o lago aparecendo a cada instante, sempre de ângulos diferentes.
Hospedagem em Copacabana
Hostal Wayra
Quarto com banheiro privativo, TV a cabo, café da manhã, wi-fi com funcionamento precário, chuveiro não esquenta bem.
Hostal Las Olas
Arquitetura incrível, confortável, muito procurado, difícil arrumar vaga
Hotel La Cupula
Boas acomodações, mas um pouco longe do centro.
Hospedagem em Copacabana (nossa hospedagem)Diário de bordo – Andamos muito para achar um hotel, quando achamos um sorte antes de nos instalarmos o dono avisou que não seria possível tomar banho, o hotel estava sem água. Andamos quase duas horas para achar encontrar algo, por fim na Av. 6 de agosto achamos o Hostel Center B$15,00 p/ pessoa (U$2,15), em frente a Plaza Sucre, prédio novo, quarto com banheiro, o atendente disse que poderia fornecer apenas uma toalha, como já estava tarde, aceitamos. Depois olhando melhor vimos que o quarto e banheiro não estavam limpos, assim como a roupa de cama já havia sido usada, não havia outra alternativa.
Onde comer em Copacabana
O prato mais servido em Copacabana são as trutas, servidas de maneiras variadas.
Restaurante La Cupula
Localização – Hotel La Cupula
La Orilla
Localização – Avenida 6 de agosto.
Restaurante Pan America
Pizza de excelente qualidade em um restaurante de um casal de americanos
Localização – Plaza 2 de Febrero
Restaurante Alax Pacha
Localização – Av. 6 de Agosto, centro
Jantamos – truta à francesa B$25 (U$3,60), vinho, água, jantar para duas pessoas B$80 (U$11,50)
Copacabana (Bolívia) x Puno (Peru)
Diário de Bordo – Terminamos nosso passeio a Ilha do Sol e fomos até a viação Tour Peru, o próximo ônibus para Puno (Peru) sairia às 13:30h. era o tempo de comprar um lanche de sanduíche com queijo e um refrigerante (a Paula passou mal com o queijo). Embarcamos e 1 hora depois estávamos na divisa Bolívia x Peru. Todos desceram do ônibus, passaporte na mão, o impresso verde que havíamos recebido na entrada da Bolívia é entregue, os passaportes carimbados e recebemos um outro impresso branco que deveria ser preenchido e devolvido na saída do Peru. Atravessamos a fronteira a pé, do outro lado havia um posto de câmbio, fui trocar US100,00, a nota foi recusada, a atendente disse que a nota que eu trazia do Brasil era falsa e ela não tinha como identificar, mais tarde no Peru troquei essa nota sem problema.
INFORMAÇÕES SOBRE SUA VIAGEM A BOLÍVIA.
Visto e documentos – Brasileiros não precisam de visto para entrar e ficar na Bolívia por até 90 dias, basta apresentar sua carteira de identidade, desde que ela esteja em bom estado de conservação e tenha sido emitida há menos dez anos, ou o passaporte.
Vacinação – vacina da febre amarela é obrigatória, mas nem sempre eles pedem o Certificado de Vacinação Internacional
Seguro viagem – indispensável
Soroche – Conhecido como o mal das alturas ou puna ocorre em grandes altitudes. Resumidamente… isto ocorre pela oxigenação reduzida em nosso sangue devido o ar rarefeito em lugares mais altos, nosso organismo não consegue captar a quantidade de oxigênio que estamos acostumados.
Sintomas – pode ser um ou vários: dor de cabeça, tontura, enjoo, falta de ar, dificuldade em se exercitar, fadiga.
Faça seu roteiro levando em conta a tabela de altitudes pelos locais em que vai passar e comece pelas altitudes mais baixas e vá migrando para as mais altas.
Tome água sem ter sede e coma moderadamente sem ter fome refeições leves.
Folha, chá ou bala de coca. Nos países andinos da América do Sul este é um hábito muito comum e pode ajudar, mas as folhas são amargas o melhor é consumir o chá, já as balas não tem o mesmo efeito.
Cápsulas – O Sorojchi Pills é um composto de ácido acetilsalicílico, cafeína e salófeno (confirme se não é alérgico a algum dos componentes), muito comum entre os turistas é vendido sem receita médica nas farmácias da Bolívia e Peru, evite tomar depois das 15h., pode atrapalhar o sono, quantidade excessiva pode dar taquicardia.
Belezas naturais – é o que você vai encontrar na Bolívia, mas nem todos os lugares estão preparados para o turismo, viajar para a Bolívia é para quem não tem apego ao conforto.
Dinheiro – Não é raro receber uma nota falsa e nós brasileiros que não temos muita experiência com a textura das notas bolivianas podemos receber alguma, só vamos saber quando tentarmos passar no comércio.
Moeda boliviana – A moeda oficial é o Peso Boliviano, com sigla BOB. As notas são de 5, 10, 20, 50, 100 e 200 BOBs e as moedas de 1 e 2 BOBs e 5, 10, 20 e 50 centavos de BOBs.
Leve preferencialmente dólar, mas notas sem riscos, amassadas ou velhas, eles criam caso para trocar. Troque em locais autorizados, casa de câmbio ou banco que funcionam das 8h.30 às 12h. e das 14h.30 às 18h. Trocas feitas nas ruas a cotação pode ser melhor, mas o risco de notas falsas é alto. Os saques com cartão de crédito são e em moeda local, com IOF de 6,38%
Bagagem – Leve sempre junto com você, não deixe bolsa fácil em trens se estiver perto da janela.
Fotos – Normalmente eles esperam você fotografar e depois vão cobrar, pergunte antes se pode fotografar e o preço. Atrás de uma lhama sempre vem uma pessoa cobrando depois da foto feita.
Falsos guias – Os falsos guias surgem como por encanto, basta você consultar um mapa, parar em algum local para se localizar e eles já aparecem querendo dar informação, não aceite, descarte e vá andando caso contrário mesmo sem contratar eles vão cobrar muitas vezes apenas por indicar uma direção.
Táxi – Negocie e deixe claro a tarifa, quando você pergunta quanto custa determinado destino eles dão o preço, mas ao chegar vão dizer que aquele preço é por pessoa não por destino.
Pacotes com Agência. – Procure negociar não muito tarde, eles seguram o cliente até o fechamento das demais agências e depois falam que se enganaram no preço, o valor é mais alto e com as agências fechadas você vai ser obrigado a fechar o pacote com eles.
Alimentação – Água somente engarrafada e verifique se está lacrada, evite sucos que levam água ou adição de pedras de gelo na sua bebida, nunca se sabe a água que foi utilizada nesse gelo.
Na Bolívia a higiene na manipulação de alimentos deixa a desejar, mesmo nos restaurantes é comum manipular a comida depois receber dinheiro. A comida de rua tem um ótimo apelo olfativo, mas não tem qualquer refrigeração. Isso é uma questão cultural, portanto normal entre eles.
No geral a comida é boa, farta e o preço justo. Os pratos mais comuns são com “pollo” (frango) e “carne de res” (carne de vaca), vale a pena experimentar os pratos locais. Os pratos típicos são exóticos e saborosos. Abaixo somente alguns do pratos da culinária boliviana.
Empanadas – pastel assado, o recheio mais comum é a carne.
Lhama – a carne de lhama é mais comum nas regiões da Cordilheira dos Andes. Pode ser prepara da assada ou frita.
Cuy – O porquinho da índia é uma dos pratos mais tradicionais da culinária andina.
Majadito de charque – arroz com carne seca acompanhado de banana e ovo frito.
Majao Cruceño – carne seca, ovos fritos frita e arroz. Acompanha tomate, pimentão e banana servida na lateral do prato.
Locro Carretero – ensopado com charque, arroz, mandioca. Também pode ser preparado com frango.
Truta – servida na região de Copacabana (Lago Ttiticaca), muito comum, mas tem muita espinha.
Antecucho – espetinho de carne com vinagrete e farofa.
Mocochichi – suco feito com canela e pêssego.
Hojarasca – biscoito a base de farinha de trigo recheado com doce de leite (comum em Sucre).
Huminta – tipo de pamonha salgada ou doce feita com milho branco.
Salsibatatas – batatas com salsichas.